De protestos a guerra de cervejas: veja 6 GPs de F1 que foram cancelados como o de Ímola


Chuvas fortes, alagamentos e até mortes levaram ao cancelamento do Grande Prêmio da Emilia Romagna de Fórmula 1, previsto para acontecer neste próximo final de semana. Apesar do anúncio ter pego os pilotos de surpresa, está longe de ser inédito: a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já precisou cancelar diversas corridas nestes 73 anos de campeonato (e teve vezes que ocorreu mesmo quando não deveria).

Os motivos que tiraram algumas etapas do calendário são os mais bizarros e envolvem guerras, disputas de marketing e até protestos políticos. Além do GP de Ímola, confira outras seis vezes que a F1 teve etapas canceladas:

Faz pouco mais de quatro anos que Xangai sediou seu último GP de F1. No ano seguinte, a prova estava agendada para acontecer entre no final de semana do dia 16 de abril e, devido a pandemia, foi cancelada.

Nos anos seguintes, o cancelamento se manteve devido à política de “Covid zero”. Para 2023, a expectativa era de que a prova voltaria ao país asiático no final de semana do dia 16 de abril. No entanto, a FIA anunciou em dezembro de 2022 que as rígidas restrições sanitárias e a política contra a Covid-19 acabaram inviabilizando a realização do circuito, que seria o 4º do ano.

Poucos dias depois da invasão das tropas russas no território ucraniano no ano passado, a FIA decidiu cancelar o Grande Prêmio da Rússia, que aconteceria entre os dias 23 a 25 de setembro. O anúncio veio em resposta a protestos da maioria dos pilotos contra à Guerra da Ucrânia e a realização da etapa em Sochi.

O conflito militar entre Rússia e Ucrânia ainda culminou no fim do contrato de Nikita Mazepin com a Haas. O piloto russo é filho do oligarca russo Dmitry Mazepin, acionista do grupo Uralkali, ex-patrocinador da equipe. Dmitry e Nikita sofreram sanções da F1 por suposta ligação com o presidente Vladimir Putin.

A estreia do país asiático na Fórmula 1 foi anunciada em 2018 e estava marcada para acontecer no dia 5 de abril de 2020. O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro alemão Hermann Tilke, responsável por arquitetar outros circuitos, como Yas Marina, Marina Bay e Sochi.

Com a chegada da pandemia da Covid-19, a FIA adiou a prova e, em outubro do mesmo ano, anunciou seu cancelamento. A situação administrativa da capital Hanói, também não ajudou à federação a manter a etapa. Isso porque o ex-prefeito da cidade, Nguyen Duc Chung, foi preso por corrupção em agosto de 2020. Apesar do escândalo não ter ligação direta com o GP, Chung foi o responsável por fechar o acordo com a FIA para realização da corrida.

Em meio à protestos da população fomentados pela Primavera Árabe – onda de manifestações pró-democracia em países da África e Oriente médio governados por ditadores –, a FIA precisou cancelar o GP do Bahrein, tradicionalmente o primeiro circuito da temporada.

O evento estava marcado para acontecer entre os dias 11 e 13 de março de 2011 e, inicialmente, foi adiado para o final de semana do dia 30 de outubro daquele ano. Porém, meses depois, Zayed R. Alzayani, o então presidente do Circuito Internacional do Bahrein (BIC) cancelou a etapa devido à instabilidade no país.

A triste temporada de 1994 marcaria o retorno do GP da Argentina depois de 13 anos fora do circuito mundial. Porém, a infraestrutura no autódromo de Oscar Galvez não ficou pronta a tempo e a prova precisou ser cancelada. Desse modo, a FIA trocou o grande prêmio no país dos hermanos pelo tradicional circuito de Jerez de La Frontera, na Espanha.

No ano em que Nelson Piquet se sagrou tricampeão mundial e saiu por cima na disputa com Nigel Mansell, que conquistou a vice posição, uma rivalidade fora do comum invadiu as pistas da Fórmula 1. Em 1987, a batalha (que virou judicial!) entre as duas cervejarias canadenses Labatt e Molson para decidir o patrocínio no GP em Montreal levou Bernie Ecclestone a tirar o circuito do calendário.

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Fonte: direitonews

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