A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) atua em parceria com a Enactus, uma organização internacional sem fins lucrativos presente em 33 países. Desde 2019, jovens líderes da UFMT são os primeiros do Estado a integrar time da Rede, e utilizam do aprendizado obtido na Instituição para desenvolver projetos para a comunidade da Baixada Cuiabana.
Vinculado a um programa de extensão da Universidade, há atualmente quatro projetos de impacto social em andamento: Calumba – Uma vida melhor no quilombo, Cultivando a Esperança, Fênix e Ressignifique.
A estudante de Engenharia Química, Joyce Viana, de 35 anos, conheceu a Enactus durante a pandemia, quando ingressou no time como membro do projeto Fênix, tornando-se líder do projeto e agora é coordenadora de todos os projetos da Enactus UFMT. “A Enactus tem me inspirado dia após dia para ser uma líder melhor, tenho buscado melhorar na comunicação interpessoal, inteligência emocional, além de me adaptar a ambientes e situações que só a Enactus me dá a oportunidade de fazer parte”, ressalta.
Ela complementa que a multidisciplinaridade proporciona uma vivência muito além das salas de aulas no ambiente acadêmico. “Abre portas para experiências que de fato prepara para a vida profissional, e como bônus, impactamos diversas pessoas na comunidade através dos projetos”, destaca.
Ela complementa que o projeto Fênix, tem como objetivo levar educação financeira para jovens do 9º ano de escolas públicas de Cuiabá através de Role-Playing-Game (RPG) e Realidade Aumentada. O projeto piloto foi executado na Escola Estadual Djalma Ferreira de Souza em 2022 e contou com mais de 60 alunos participantes das oficinas de aprendizagem oferecidas pelos membros da Enactus UFMT.
Atuação junto às comunidades
A participação no programa de extensão possibilita vivências com as comunidades da Baixada Cuiabana. Fabrício Baldini, 21 anos de idade e estudante de Jornalismo, resume a Enactus em três palavras: transformação, responsabilidade e empatia. O estudante conta que entrou para o time pela atuação no empreendedorismo social e colaboração com a comunidade. Fabrício Baldini é membro do projeto Cultivando a Esperança, cujo objetivo é ajudar na segurança alimentar das famílias do bairro Jardim Alá, em Várzea Grande, começando pelas crianças da Escola Municipal Gonçalo Domingos de Campos.
“A Enactus mudou a minha vida na maneira de olhar algumas situações, no sentido de olhar e ver o que posso fazer, como posso melhorar, onde eu posso contribuir para modificar a realidade da comunidade. Eu vejo a Enactus como um time de suma importância, porque torna os estudantes em agentes da transformação, que podem tornar a realidade das pessoas melhor”, disse, complementando que a Enactus vem para quebrar as barreiras e tornar o lugar de atuação mais empático e mais humano de se viver.
Também membro do projeto Cultivando a Esperança, a estudante de Engenharia Química, Marianne Rodrigues Roldão, de 24 anos, analisa a Enactus como um desafio e uma oportunidade. Para ela, a Organização, além de desenvolver seu senso empreendedor e crítico, ajudou na relação interpessoal com pessoas fora do seu círculo de convivência.
“A Enactus, inclusive, foi um diferencial para o processo seletivo do estágio que estou atualmente, em uma multinacional brasileira. O programa oferece experiências tão diferentes dos projetos que estão em atuação na universidade, que acaba se tornando motivo de destaque, instigando a curiosidade de pessoas de fora”, disse.
Para a estudante todos deveriam ter a experiência de passar pela Enactus, princípios como ética, inclusão e empreendedorismo são desenvolvidos de forma dinâmica, e é algo que ocorre naturalmente. “Através de diversas situações, e problemáticas temos a oportunidade de ampliar nosso senso crítico, encontrando diversas soluções, com diferentes perspectivas”, finaliza Marianne Rodrigues Roldão.
Fonte: ufmt