Superando a projeção mais recente do Boletim Focus para a economia brasileira para 2023, o Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), registrou elevação de 2,5% do PIB nacional, na passagem de janeiro para fevereiro deste ano.
Já no trimestre móvel, encerrado em fevereiro último, no comparativo anual, a alta foi mais expressiva, chegando a 2,7%. Se considerada a demanda, nesse período, o consumo das famílias cresceu 4,4%, com destaque para o desempenho positivo do consumo de serviços e de produtos não duráveis. No primeiro bimestre deste ano, o PIB somou R$ 1,289 trilhão.
Em nota oficial, a coordenadora do Monitor do PIB – FGV, Juliana Trece observa que “o forte crescimento de 2,5% da economia em fevereiro foi devido, principalmente, à atividade agropecuária. Embora a indústria e os serviços também tenham crescido na comparação com janeiro, o expressivo desempenho agrícola, justificado principalmente pela safra recorde de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura, é o grande destaque da economia no mês. Com a maior parte da colheita de soja sendo realizada nos meses de fevereiro, março e abril, este resultado sugere persistência do bom desempenho econômico no início do ano”.
Também em nota, a FGV assinala que, “como já tem sido observado nos meses anteriores, no consumo de serviços há disseminação desse crescimento entre vários segmentos. Já no consumo de não duráveis destaca-se a contribuição do segmento alimentício e, principalmente, o de combustíveis”.
No que se refere ao indicador Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB), em igual trimestre móvel até fevereiro, no comparativo anual, o avanço chegou a 2,4%. “Embora o segmento de máquinas e equipamentos tenha apresentado contribuição negativa (-0,3 p.p.), ela foi menor do que a observada no trimestre findo em janeiro (-1,2 p.p.), o que explica, em parte, a melhora do indicador total. Outra contribuição importante foi o desempenho de outros da FBCF. Neste caso, destaca-se o crescimento da FBCF relacionada a serviços prestados as empresas”, concluiu a Fundação.
Fonte: capitalist