“Após uma análise cuidadosa das declarações escritas das vítimas e das diversas provas coletadas durante a investigação conduzida pelo órgão investigador, confirmamos que o senhor Zhoya violou o artigo 23 (Proteção da integridade física e mental), art. 25 (Abuso de poder) e, consequentemente, o art. 13 (Obrigações gerais) do Código de Ética”, anunciou a FIFA nesta quinta-feira. O dirigente afastado de suas funções já recebeu a notificação da punição.
“A Fifa tem um compromisso inequívoco contra todo tipo de abuso no futebol, e o Comitê de Ética trata todos os casos levando em consideração as particularidades de cada um. A Fifa também fornece um sistema de denúncias confidencial, dedicado, altamente seguro e baseado na web para que os indivíduos possam relatar quaisquer preocupações de proteção.”
O caso já vinha sendo avaliado faz um tempo e a Fifa e a Federação do Zimbábue haviam recebido duras críticas no começo do ano por terem se omitido às acusações na época. O silêncio das entidades acabou questionado e agora, nove meses após as denúncias virem a público, surge a punição para Obert Zhoya.
Após as acusações, o dirigente renunciou alegando “abrir caminho para que outros preencham o cargo.” Zhoya estava sob enorme pressão no Zimbábue com a divulgação ampla do caso de assédio e optou por abandonar o comando da ZIBA.
Entre as acusações, uma vítima revela ter recebido mensagens de WhatsApp com pedido do dirigente para que a árbitra passasse a noite com ele em um hotel. “Me senti humilhada, intimada e degradada”, denunciou a árbitra em carta enviada à ZIFA. “Esses avanços sexuais indesejados ocorriam desde setembro de 2019.”