Fifa suspende dirigente do Zimbábue por cinco anos por assédio sexual a árbitras


Fifa suspende dirigente do Zimbábue por cinco anos por assédio sexual a árbitras

O Comitê de Ética independente da Fifa anunciou nesta quinta-feira que Obert Zhoya, ex-secretário-geral da Comissão de Árbitros da Federação de Futebol do Zimbábue (ZIFA), está suspenso de suas atividades do futebol por cometer assédio sexual contra três árbitras do país. Além da suspensão, o ex-dirigente também terá de pagar uma multa de 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 105,7 mil).

“Após uma análise cuidadosa das declarações escritas das vítimas e das diversas provas coletadas durante a investigação conduzida pelo órgão investigador, confirmamos que o senhor Zhoya violou o artigo 23 (Proteção da integridade física e mental), art. 25 (Abuso de poder) e, consequentemente, o art. 13 (Obrigações gerais) do Código de Ética”, anunciou a FIFA nesta quinta-feira. O dirigente afastado de suas funções já recebeu a notificação da punição.

“A Fifa tem um compromisso inequívoco contra todo tipo de abuso no futebol, e o Comitê de Ética trata todos os casos levando em consideração as particularidades de cada um. A Fifa também fornece um sistema de denúncias confidencial, dedicado, altamente seguro e baseado na web para que os indivíduos possam relatar quaisquer preocupações de proteção.”

O caso já vinha sendo avaliado faz um tempo e a Fifa e a Federação do Zimbábue haviam recebido duras críticas no começo do ano por terem se omitido às acusações na época. O silêncio das entidades acabou questionado e agora, nove meses após as denúncias virem a público, surge a punição para Obert Zhoya.

Após as acusações, o dirigente renunciou alegando “abrir caminho para que outros preencham o cargo.” Zhoya estava sob enorme pressão no Zimbábue com a divulgação ampla do caso de assédio e optou por abandonar o comando da ZIBA.

Entre as acusações, uma vítima revela ter recebido mensagens de WhatsApp com pedido do dirigente para que a árbitra passasse a noite com ele em um hotel. “Me senti humilhada, intimada e degradada”, denunciou a árbitra em carta enviada à ZIFA. “Esses avanços sexuais indesejados ocorriam desde setembro de 2019.”


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