Alemanha sugere alternativa à proibição total de vistos da UE para russos


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A União Europeia (UE) poderia suspender o acordo de facilitação de vistos com Moscou em vez de fechar suas portas completamente para a entrada dos russos, sugeriu a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, antes da reunião do bloco sobre o assunto, em Praga.
A ministra chamou sua proposta de “ponte” entre aqueles na UE que exigem uma proibição total de vistos e aqueles que querem “continuar como […] se nada tivesse acontecido”. “Acredito que podemos encontrar uma boa solução em Praga”, disse ela em uma reunião do governo alemão nesta terça-feira (30). De acordo com seu plano, a emissão de vistos de múltiplas entradas e de vários anos também pode ser suspensa, noticiou a mídia alemã.
O acordo de facilitação de vistos entre a Rússia e a UE foi assinado em 2007. Ele permite que os russos apresentem menos documentos ao apresentar pedidos de visto e também paguem taxas menores. Também reduz o tempo de processamento. Até agora, o bloco só suspendeu a facilitação de vistos para viajantes de negócios e diplomatas.
As nações que se consideram “particularmente afetadas” também podem examinar os propósitos de viagem dos candidatos russos “com muito cuidado”, disse a ministra. No entanto, ela também afirmou que a nova política de vistos deve “continuar a permitir contatos pessoais na UE com cidadãos russos que não estão associados ao governo russo”.
Nesta foto, um trabalhador em um elevador ajusta as bandeiras da União Europeia (UE) em frente à sede, em Bruxelas, 23 de junho de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 30.08.2022

Em particular, cientistas, estudantes e artistas devem poder entrar na UE, independentemente de enfrentarem perseguição em casa, informou a mídia alemã, citando Baerbock. A Ucrânia e seus apoiadores mais radicais no bloco europeu têm pedido uma proibição quase total de vistos para cidadãos russos, com exceções apenas por motivos humanitários.
A medida é apresentada como uma resposta proporcional à operação militar especial da Rússia na Ucrânia e ao fracasso de seu povo em se opor às políticas de seu governo. Algumas nações, como a Estônia, alegaram que a proibição de visitantes russos era necessária para a segurança nacional.
Além da Alemanha, a França também defendeu uma abordagem menos restritiva, argumentando que uma punição coletiva do povo russo apenas o afastaria do Ocidente e aumentaria o apoio doméstico ao governo do país.
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