Muito comuns, as hérnias abdominais parecem problemas simples mas, sem tratamento, podem levar o paciente a complicações graves. A situação acontece quando um caroço de gordura ou parte de órgãos internos escapam da parede de músculos que os protegem por algum orifício, criando um calombo aparente em situações de muito esforço, como musculação, tosse, choro e risada.
As hérnias podem surgir em diversos locais do abdômen, mas as mais comuns são na região do umbigo e da virilha. Na maioria das vezes, o problema acomete pessoas do sexo masculino e o diagnóstico pode ser feito por um clínico geral. O ideal é que o paciente seja submetido a uma cirurgia para retirar os caroços o quanto antes.
“O quadro atinge cerca de 10 a 15% da população, mas é mais comum em homens porque a anatomia da pelve desse grupo favorece o surgimento da hérnia. Além disso, eles costumam levantar objetos com carga muito alta com mais frequência. No entanto, qualquer pessoa pode ter o problema”, explica o cirurgião Gustavo Patury, especializado em aparelho digestivo.
Sintomas
Para evitar problemas maiores em decorrência das hérnias, o cirurgião listou alguns sintomas que ajudam a facilitar o diagnóstico. Confira:
- Caroço ou protuberância na região abdominal;
- Dor no local da hérnia;
- Náuseas;
- Dor ao defecar;
- Inchaço no abdômen.
Na maioria das vezes, as hérnias são assintomáticas e só podem ser percebidas pelo aparecimento, sem aviso prévio, de caroços em situações de esforço abdominal.
Fatores de risco
O médico lista alguns hábitos que podem favorecer o surgimento de hérnias. Combatê-los reduz significativamente as chances de desenvolver a condição.
- Obesidade ou sobrepeso: estar acima do peso oferece um risco para o músculo do abdômen. Uma alimentação rica em fibras e a realização de atividade física regular ajudam a evitar o ganho excessivo de massa corporal;
- Tabagismo: o hábito de fumar enfraquece a parede abdominal, favorecendo o surgimento de hérnias;
- Pegar muito peso.
Período gestacional, por conta do aumento de peso repentino, fatores genéticos e constipação intestinal também oferecem à pessoa um risco maior de desenvolver hérnias abdominais.
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Tratamento
A cirurgia é o único tratamento para corrigir uma hérnia abdominal. Se não for tratada, a tendência é que o intestino se prenda nela, causando, em casos mais graves, o estrangulamento do órgão e até mesmo a morte do paciente. A operação para retirar a hérnia costuma ser feita por robótica. Normalmente, o indivíduo tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e pode voltar à rotina normal em até três semanas.
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