Encontro da ANPR Mulheres debate medidas de enfrentamento da desigualdade entre homens e mulheres na instituição
Foto: Leobark/Secom/MPF
O procurador-geral da República, Augusto Aras, ressaltou a importância da paridade de gênero dentro do Ministério Público da União (MPU) em evento promovido pela Comissão Mulheres, da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). O encontro reúne procuradoras e procuradores de todo o país, em Brasília, nesta terça-feira (30), com o objetivo de debater os problemas e desafios na construção da equidade de gênero no âmbito da instituição.
Como chefe do MPU, Aras destacou que sua gestão tem atuado para garantir a igualdade entre homens e mulheres no âmbito institucional. “Precisamos dar oportunidade para que as mulheres do MPU possam participar ativamente da gestão. Isso não se trata de privilégios e favorecimentos, mas sim de criar condições para que todos se sintam apoiados e respeitados na carreira”, afirmou.
Também presente no encontro, a subprocuradora-geral da República e secretária-geral do MPU, Eliana Torelly, ressaltou que a instituição como um todo “precisa reconhecer as diferenças” e focar na construção de um ambiente de trabalho acolhedor para membros, servidores, estagiários e terceirizados, sejam eles homens ou mulheres. Na avaliação da secretária-geral, esse entendimento e as ações dele decorrentes podem trazer benefícios tanto para membros e servidores quanto para a administração.
Rede de apoio – Um dos pontos abordados na reunião foi a alteração de critérios de autorização para que procuradoras da República gestantes, lactantes ou adotantes possam residir em local diferente daquele onde estão lotadas por tempo determinado. A ampliação da possibilidade de residência fora da sede foi aprovada pelo MPF a partir de carta elaborada pela Comissão Mulheres da ANPR, que elencou uma série de propostas concretas para atender às demandas femininas e permitir a implementação de uma política de diversidade no MPF.
No encontro, tanto Aras quanto Torelly avaliaram que a medida é um avanço relevante e necessário, trazendo um novo olhar sobre um novo tempo. A secretária-geral aproveitou para enfatizar a importância de uma rede de apoio para mães e mulheres também no ambiente de trabalho. “Estamos numa carreira em que as mulheres ainda são minoria e enfrentam muitas dificuldades”, pontuou, alertando que apenas a mudança de mentalidade pode garantir maior inclusão e representatividade no MPF.