Conhecido como ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio é a principal causa de mortes no Brasil. Estima-se que ocorram mais de 300 mil casos por ano e um em cada sete resultam em morte, segundo dados do Ministério da Saúde.
Procurar atendimento de urgência e emergência nos primeiros minutos dos sintomas é fundamental para salvar vidas. As mulheres devem ter atenção especial, uma vez que podem desenvolver alguns sinais menos conhecidos, denominados de atípicos, como explica o cardiologista Carlos Rassi, médico do Hospital Sirio-Libanês e professor de cardiologia da UnB.
De modo geral, os sintomas típicos do infarto envolvem dor no lado esquerdo do tórax (precordial) com irradiação para o braço esquerdo ou pescoço, acompanhada de falta de ar e suor frio.
Nas mulheres, em vez da dor no lado esquerdo do tórax, podem aparecer dores no estômago (epigastralgia), náuseas, cansaço, fraqueza, indigestão ou apenas um mal estar intenso.
O médico esclarece que o infarto não segue uma regra e as pacientes devem observar tanto os sintomas típicos e atípicos. É comum que eles ocorram até um ano antes do evento cardíaco.
“O infarto pode ser o primeiro sintoma de uma doença coronariana aterosclerótica, inclusive com morte súbita. Mas, em grande parte dos casos, os sintomas aparecem muito antes do evento, começando meses e até mesmo anos antes”, afirma o especialista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticasPeter Dazeley/ Getty Images

Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum delesbymuratdeniz/ Getty Images

Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outrosKATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

A arteriosclerose é uma doença provocada pelo endurecimento das artérias que levam oxigênio e nutrientes do coração para o corpo. A condição prejudica o fluxo sanguíneo e faz com que o paciente sinta fraqueza, fadiga e dores no peito. Além de estar relacionada com o processo de envelhecimento, a doença pode ser causada por colesterol alto, genética, diabetes e hipertensãokatleho Seisa/ Getty Images

A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadigaSolStock/ Getty Images

O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.bymuratdeniz/ Getty Images

A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpomanusapon kasosod/ Getty Images

Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicadaFG Trade/ Getty Images

Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomasPeter Dazeley/ Getty Images

Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coraçãoPeter Dazeley/ Getty Images

Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da menteandresr/ Getty Images
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Risco maior na menopausa
As mulheres correm 30% mais risco de sofrer um infarto no período do climatério, a menopausa. Isso ocorre por conta da queda na produção do hormônio estrogênio, que age como um protetor natural do coração pois estimula a dilatação dos vasos sanguíneos.
“No climatério, as mulheres perdem essa proteção, o que leva ao aumento do risco de eventos cardiovasculares”, esclarece o médico.
Fatores de risco
Sedentarismo, tabagismo, sobrepeso, diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto são outros fatores que aumentam o risco cardiovascular.
O médico sugere que os pacientes façam check-ups com regularidade, além de levarem um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividades físicas e a adesão de hábitos alimentares balanceados. Não fumar e manter os fatores de risco sob controle, que incluem hipertensão arterial sistêmica, diabetes e colesterol alto, também são essenciais.
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