Balança comercial apura em março o maior superávit da história


Maior resultado para março da história (e de toda a série, iniciada em 1989), a balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 10,956 bilhões no mês passado (exportações no montante de US$ 33,06 bilhões, ante importações de US$ 22,104 bilhões), o que corresponde a uma alta de 37,7% em relação a igual período de 2022. No período analisado, as exportações no mês passado aumentaram 7,5%, enquanto as importações ‘encolheram’ 3,1%, pelo comparativo anual.

Tais dados foram fornecidos, nesta terça-feira (4) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic), ao destacar que, igualmente, o maior resultado da série histórica foi atingido no primeiro trimestre deste ano, mediante um superávit de US$ 16,068 bilhões, ou avanço de 29,8% ante igual período do ano passado, pelo critério de média diária.

A performance positiva das exportações, acentua a Secex, foi impulsionada mais pelo aumento do volume comercializado do que em razão dos preços internacionais das commodities, uma vez que o volume citado cresceu, em média, 18%, enquanto os preços médios das mercadorias caíram 5,6%. Entre os itens que mais contribuíram para o aumento das exportações, prossegue a Secretaria, figuram petróleo, milho e soja.

Já as importações, enquanto que a quantidade adquirida recuou 3,7% – como reflexo da desaceleração econômica – os preços médios avançaram 2,4%, sob o incentivo do encarecimento dos motores e máquinas não elétricos e por compostos químicos, cuja demanda se aqueceu após o início do conflito militar entre Rússia e Ucrânia. Depois de exibir forte aumento em 2022, os fertilizantes químicos, despencaram 24,4%, no comparativo anual.

Por setores, o agropecuário foi um dos maiores destaques, depois de superado o problema de atrasos nos embarques, verificado em fevereiro. No mês passado, com a maior valorização das commodities, seu preço médio cresceu 3,6%, ante uma elevação de 9,8% do volume das mercadorias, no comparativo anual.

Ao mesmo tempo, enquanto que na indústria da transformação, a quantidade exportada aumentou 4,3% e o preço médio avançou somente 1%, na extrativa (que inclui minérios e petróleo), o volume exportado subiu 57,8%, em contraste com a queda de 20,5% dos preços médios.

Fonte: capitalist

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