A partir desta segunda-feira (27), a Volkswagen e a General Motors (GM) iniciarão períodos de férias coletivas para seus colaboradores em suas unidades no Vale do Paraíba, São Paulo, localizadas em Taubaté e São José dos Campos. A decisão se deve à desaceleração do mercado automobilístico, resultando na diminuição do ritmo de produção durante março e abril.
Além disso, outras empresas do setor, como Hyundai (Piracicaba), Mercedes-Benz (São Bernardo do Campo) e Stellantis (Goiana, Pernambuco) – que engloba marcas como Fiat, Peugeot e Citröen – também optaram por interromper as atividades.
Na unidade da Volkswagen em Taubaté, a interrupção laboral durará inicialmente dez dias, impactando 2.000 trabalhadores. Após esse intervalo, um novo período de férias coletivas será concedido a 900 colaboradores, que retomarão suas atividades somente após o feriado de Tiradentes. A planta enfrenta também obstáculos para obter componentes, como semicondutores, cuja escassez tem afetado o mercado desde a pandemia.
Na GM, a ação envolverá aproximadamente 3.000 funcionários, correspondendo a 80% da área produtiva. A previsão de retorno às atividades é no dia 13 de abril. Um dos aspectos que prejudica a produção industrial é o aumento da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, o nível mais alto desde novembro de 2016.
Esse índice eleva os custos para concessão de crédito, dificultando que as empresas aumentem sua capacidade de financiamento. Para os consumidores, torna-se mais complicado obter empréstimos e mais oneroso financiar um automóvel novo.
Fonte: capitalist