Fiat Argo é o carro automático mais barato do Brasil, mas vale quase R$ 91 mil?


O valor de R$ 90.990 e “carro automático mais barato do Brasil” na mesma frase pode soar um pouco estranho, né? Infelizmente, porém, essa é a realidade do Fiat Argo Drive 1.3 CVT 2023. O hatch estreia com esse pomposo título e, de quebra, ainda tem outro importante fator para competir com Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo, além de também afagar os compradores que se preocupam com o bolso: o consumo de combustível.

Você pode estar se perguntando: Mas e o novo Citroën C3? Pasme, a versão automática custa quase R$ 100 mil. E vale ressaltar que a linha 2023 do Argo vai de R$ 78.590 na opção Entry 1.0 a R$ 96.990 na Trekking 1.3 CVT.

Depois de ter dirigido o Argo GSR (com câmbio automatizado que dava tranco) e o Argo 1.8 AT (com câmbio automático convencional de seis marchas que ficava devendo), posso afirmar que a junção do quatro cilindros 1.3 Firefly com a tecnologia CVT é a melhor da Fiat até agora.

Já nos primeiros metros dá para perceber que o entrosamento do motor com a transmissão é, guardadas as devidas proporções, tipo Ganso e Neymar nos tempos de Santos — igualar Romário e Bebeto é difícil. A dupla também pode ser encontrada no sedã Cronos, na picape Strada e na versão automática de entrada do Pulse.

Claro que o motor de 107 cv e a transmissão não promovem arroubos esportivos, mas o funcionamento é suave e ainda tem simulação de sete marchas — o que suaviza um pouco aquela sensação de metrô saindo da inércia.

Não há aletas no volante; as trocas podem ser feitas manualmente na própria alavanca. Os 13,7 kgfm de torque dão certa agilidade na cidade, com arrancadas na medida — principalmente com o modo Sport acionado, o que deixa o acelerador mais responsivo.

Já o comportamento dinâmico é de um carro voltado ao conforto: suspensão macia e direção leve. Quem gosta de sentir o carro mais na mão pode ter alguma dificuldade. Outro problema do Argo é o banco: curto para as pernas e sem bons apoios laterais. Em longas viagens, pode ser muito desconfortável para quem dirige. Mas o consumo é dos melhores da categoria: 12,8 km/l (cidade) e 14,6 km/l (estrada) com gasolina.

No quesito itens de série, a versão Drive tem pouco mais do que o exigido pela lei. Controles de tração e de estabilidade estão disponíveis, mas o airbag é apenas o duplo obrigatório por lei — HB20 e Onix, por exemplo, têm seis bolsas de ar. Monitoramento de pressão dos pneus, central multimídia com tela de 7 polegadas e assistente de partida em rampa são outros equipamentos.

Os R$ 90.990 são iniciais; por esse valor, só é possível comprar o carro na cor preta sólida. Outros tons sólidos, como vermelho e branco, custam R$ 990 adicionais. Para ter um Argo prata ou cinza metálicos você vai precisar gastar quase R$ 2 mil extras.

A versão Drive ainda tem o pacote opcional S-Design. São R$ 3.990 por acabamento interior escurecido, faróis de neblina, ar-condicionado digital, retrovisores com tilt-down, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, acesso por chave presencial e partida por botão.

No fim das contas, o Fiat Argo 1.3 CVT agrada principalmente pelo custo/benefício. Os concorrentes automáticos são mais caros: Polo Comfortline (R$ 103.990), Onix LT (R$ 98.550) e HB20 (R$ 102.090). Se bem que R$ 90.990 e custo/benefício na mesma linha também pode soar estranho.

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Fonte: direitonews

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