“Eu particularmente acho que não existirão grandes impactos sobre o mundo [por causa] disso. Porque a China vai continuar demandando muito de países tanto centrais, ou seja, na questão tecnológica, quanto […] periféricos, na questão das commodities. Isso não muda, até porque a China está em uma transição entre campo e cidade, e as pessoas que chegam à cidade mudam seus hábitos de consumo. Eleva-se o uso de proteína na composição alimentar”, afirma Jabbour.
“Esse é o primeiro grande efeito a ser levado em consideração. A China consolida uma nova dinâmica de crescimento econômico baseada em tecnologia”, avalia.
‘Variáveis-chave’ não são crescimento econômico
“Apesar do bloqueio tecnológico, a produtividade do trabalho na China cresceu de forma mais rápida que a dos Estados Unidos em 2022, 2021, 2020 e 2019. Já passou pela pandemia, pela crise dos semicondutores e pelo rompimento das cadeias internas de valor da China com a política de COVID zero [programa de restrições devido à pandemia] e mesmo assim […] não parou de crescer acima da dos americanos”, aponta.
Maior Estado de bem-estar social do mundo até 2035
“Cabe a nós aqui no Ocidente ver como eles vão dar conta disso, se vão dar conta, e eu acho que vão, e tirar lições disso. Porque no Ocidente está tudo indo para o buraco no que diz respeito a direitos sociais, trabalhistas, precarização… A tendência da China é oposta à do Ocidente”, afirmou.
Fonte: sputniknewsbrasil