Sérvia fica sem aliados no Ocidente por não apoiar sanções contra Rússia, diz presidente


Na manhã desta quinta-feira (2), uma reunião especial da Assembleia Nacional sérvia começou com análise do relatório “Sobre o processo de negociações com as estruturas provisórias em Pristina de 1° de setembro a 15 de janeiro de 2022”. O chefe de Estado foi o primeiro a falar com os deputados. Ele lembrou que a Sérvia militarmente neutra está rodeada por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou países onde um contingente ou missão da Aliança Atlântica está localizado, como na Bósnia e Herzegovina.

“Você não pode funcionar sozinho no mundo moderno. Quando tivemos as maiores perdas e guerras, tivemos aliados. Agora ninguém nos olharia como um aliado por causa do conflito militar na Ucrânia e do fato de que a Sérvia, guiada por seu posicionamento responsável e honesto, não impôs sanções contra a Federação da Rússia”, disse Vucic aos parlamentares.

Anteriormente, o presidente observou que a Sérvia deve tomar decisões políticas de forma independente, não por ordem dos Estados Unidos, da Rússia ou da União Europeia. O líder sérvio apontou que a crise na Ucrânia está se tornando uma espécie de terceira guerra mundial, que se tornará ainda maior e mais difícil.
Uma vista da nova ponte sobre o Estreito de Kerch que liga a Península Taman da Rússia à Crimeia, após o início do tráfego regular, em Kerch, Crimeia, 16 de maio de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2023

Segundo ele, as potências mundiais não podem mais permitir que pequenos países tenham tanta liberdade política quanto gostariam de ter, “assim como espaço para respirar, viver e tomar decisões”. Como exemplo, Vucic citou sua participação na cúpula União Europeia (UE) nos Bálcãs Ocidentais, na Albânia, no outono europeu, onde, segundo ele, ele foi sujeito a pressão geral devido ao fato de Belgrado não apoiar as sanções ocidentais contra Moscou.

Fonte: sputniknewsbrasil

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