“Em 28 e 29 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e com o ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki. Lavrov pediu às contrapartes israelense e palestina que mostrem a máxima responsabilidade e se abstenham de qualquer ação que possa provocar uma nova escalada da situação”, afirmou o Ministério em comunicado.
A declaração também disse que Moscou está “seriamente preocupada” com uma nova rodada de violência na zona do conflito palestino-israelense, que pode provocar a retomada de um confronto armado em grande escala.
O anúncio veio em meio a relatos de que a Força de Defesa de Israel (FDI) vai enviar duas companhias de infantaria para ajudar a polícia em Jerusalém e perto da Cisjordânia como parte de medidas para reforçar a segurança interna nacional após vários incidentes de tiroteios letais ocorridos no início desta semana.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu uma resposta “forte e rápida” aos ataques terroristas. Enquanto isso, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, disse após uma reunião do gabinete de segurança no sábado (28) que iria propor uma lei permitindo a pena de morte contra terroristas.
No sábado, duas pessoas ficaram feridas em um tiroteio na Cidade de David, um sítio arqueológico em Jerusalém. O incidente foi qualificado como um suposto ataque terrorista e ocorreu menos de 24 horas depois que um atirador palestino abriu fogo perto de uma sinagoga em Jerusalém Oriental. Sete pessoas foram mortas como resultado do tiroteio no bairro de Neve Yaakov, no que foi chamado de ataque terrorista.
Os dois ataques ocorreram depois de uma grande incursão do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, durante a qual pelo menos nove palestinos foram mortos e mais de 16 ficaram feridos. Em resposta, militantes baseados em Gaza dispararam mísseis contra Israel que foram interceptados pelo sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro. O ataque com foguetes desencadeou ataques de drones israelenses na Faixa de Gaza, supostamente visando áreas de treinamento de militantes.
Fonte: sputniknewsbrasil