Teto do preço ao petróleo russo dá uma alta nas receitas de Índia e China


De acordo com empresas analíticas internacionais, a Europa e o Reino Unido continuam comprando matérias-primas russas, mas agora o fazem por meio de intermediários – a China, a Índia e outros países asiáticos. Em particular, os produtos petrolíferos mistos são enviados para o Ocidente, tendo sido produzidos em refinarias chinesas e indianas e contendo petróleo russo.
“Índia e China compraram com prazer o petróleo bruto da Rússia em janeiro, processando-o em suas refinarias, deixando o valor agregado na economia local e depois vendendo-o para a Europa sem risco de sanções. Na verdade, um teto de preço é criado apenas para redistribuição dos volumes de petróleo e gás sem removê-los do mercado”, disse o especialista.
De acordo com Potavin, Ocidente recebe o petróleo e gás russo a preços baixos, mesmo por meio de um intermediário. “Os intermediários normalmente não aumentam o preço do consumidor final, focando no limite de preço introduzido, mas são obrigados a baixar o preço do fornecedor da mercadoria”, explicou. Assim, o fato de China ou Índia comprarem energia russa a preços mais baixos significa que o teto de preços ainda funciona.
Refinaria de Petróleo de Moscou (MNPZ, na sigla em russo), da Gazprom Neft, em Kapotna, na Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 20.01.2023

Desde 5 de dezembro 2022, as sanções dos países ocidentais entraram em vigor: a União Europeia (UE) parou de aceitar o petróleo russo transportado por mar, e os países do G7, Austrália e UE introduziram um limite de preço para o combustível transportado por mar em US$ 60 por barril. Um petróleo mais caro é proibido de ser transportado e segurado. A Rússia, em resposta, proibiu desde 1º de fevereiro deste ano o fornecimento de petróleo a clientes estrangeiros, caso os contratos prevejam direta ou indiretamente o uso do mecanismo de fixação do preço.

Fonte: sputniknewsbrasil

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