Dados levantados nos últimos anos pelo Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), unidade vinculada ao curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no Câmpus de Cuiabá, reforçam a necessidade de se debater saúde mental na universidade.
“Um mapeamento mais estrutural foi feito em 2017. Naquela época tínhamos que 50% dos pacientes eram da comunidade interna, ou seja, alunos, servidores, terceirizados, mas especialmente alunos”, aponta a psicóloga e supervisora do SPA, Helen Santana.
Segundo a psicóloga, o levantamento feito pelo SPA entre 2014 e 2018 apontou que a maioria do público era feminino, com idades de 18 a 24 anos com ensino superior incompleto, “A maior parte dos casos trazidos são relacionados com depressão e ansiedade” explica.
A psicóloga aponta que evidentemente a saúde mental tem sido cada vez mais posta em pauta atualmente. Segundo a supervisora, a importância do debate sobre o tema se justifica ainda mais já que o ser humano é multifacetado, ou seja, temos vários ambientes e situações no cotidiano que têm demandas diferentes da nossa produtividade e disposição.
“Na nossa vida, nós temos vários lugares que nos socializamos como, por exemplo, círculo de amigos, trabalho, família, parentes etc. E todas estas facetas nossas são permeadas por emoções e sentimentos bons e ruins”, prossegue.
Neste sentido, a supervisora reflete que manter a capacidade de manejar e compreender emoções e sentimentos de forma saudável é importantíssimo para a harmonia da capacidade social e produtiva em todos os meios onde as pessoas estão inseridas.
“Quando consideramos o mundo acelerado e “hiper-conectado” em que vivemos, a necessidade de se estar atento e participativo há tudo é ainda maior. Esta demanda por sua vez influenciará tanto o corpo físico quanto a mente. Então, entender os atravessamentos que o nosso emocional tem no nosso cotidiano além buscar ajuda profissional quando necessário é fundamental”, finaliza.
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Fonte: ufmt