Ex-piloto de caça dos EUA que teria visto OVNIs convoca testemunhas para ‘romper a névoa do sigilo’


Ryan Graves, um ex-piloto de caça da Marinha dos EUA que agora é presidente do Comitê de Integração e Divulgação de OVNIs do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica (AIAA), foi o primeiro piloto a divulgar seus avistamentos de OVINIs. Em um artigo de domingo (5) no The Hill, um jornal focado no governo federal, ele instou outros a fazerem o mesmo.

“Eu vi por mim mesmo no radar e conversei com os pilotos que quase sofreram acidentes com objetos misteriosos na costa leste que desencadearam ações evasivas inseguras e relatórios de segurança obrigatórios”, escreveu Graves. “Foram 50 ou 60 pessoas que voaram comigo em 2014-2015 e podem dizer que viram OVNIs todos os dias. No entanto, apenas um outro piloto confirmou isso publicamente. Falei publicamente em 2019, correndo grande risco pessoal e profissional, porque nada estava sendo feito”.

No mês passado, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI, na sigla em inglês) divulgou seu primeiro relatório que vai se tornar uma série anual de resumos dos esforços do Pentágono para encontrar, rastrear, investigar e explicar os OVNIs. O Pentágono montou seu novo Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO, na sigla em inglês), no verão passado, que assumiu essas tarefas.
Um documento anterior, de 2020, tentou compilar todos os relatórios de OVNIs feitos nas décadas anteriores, e o documento publicado no mês passado — que tinha dados atualizados em agosto de 2022 — observou um aumento maciço de relatórios, especialmente de pilotos de caça como Graves.
Objeto voador não identificado (OVNI) (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2023

Graves seguiu as preocupações do Pentágono e dos legisladores ligados à segurança nacional ao enquadrar a questão como um dos perigos potenciais apresentados pelos rivais dos EUA, não como possíveis visitas de seres extraterrestres.

“Misteriosamente, nenhum relatório de OVNI foi confirmado como [sendo um objeto] estrangeiro até agora. No entanto, na semana passada, um balão de vigilância chinês interrompeu o tráfego aéreo nos Estados Unidos. Como devemos entender centenas de relatórios de OVNIs que violam espaço aéreo restrito incontestado e interferem com pilotos civis e militares?”, perguntou ele. “Aqui está a dura verdade. Não sabemos. Os OVNIs são um problema de segurança nacional e precisamos urgentemente de mais dados.”

No sábado (4), a Força Aérea dos EUA abateu o balão chinês não tripulado de alta altitude sobre o sudeste dos EUA, que Washington alegou estar vigiando locais militares sensíveis. Pequim negou que o balão seja de uso militar, dizendo que se tratava de um balão científico. Tais dirigíveis são comumente confundidos com OVNIs devido ao seu grande tamanho e cor branca que reflete a luz solar.

Observando que, desde que se tornou público em 2019, alguns outros também se apresentaram, levando a uma investigação do Congresso e à criação da AARO, Graves instou outros “a manter o ímpeto para acabar com o estigma e obter os dados. Devemos encorajar os pilotos e outras testemunhas a se apresentarem e manter a pressão sobre o Congresso para priorizar os OVNIs como uma questão de segurança nacional. Só uma coisa está clara sobre os OVNIs: a névoa do sigilo não serve a ninguém.”

Antes da criação da AARO, os Estados Unidos montaram várias investigações sobre OVNIs, a mais notória das quais foi o Projeto Blue Book (Livro Azul) de 1952 a 1969, quando o fenômeno dos avistamentos de OVNIs se tornou uma sensação internacional. Outros programas se seguiram, mas todos chegaram à mesma conclusão: os fenômenos inexplicáveis tinham origem natural ou terrestre, e nenhuma das evidências apontava para eles serem espaçonaves trazendo visitantes de outros mundos.

Fonte: sputniknewsbrasil

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