De acordo com o estudo publicado na revista PLOS One, as espécies são as mais antigas que já habitaram o norte do Círculo Polar Ártico.
A autora do estudo, Kristen Miller, do Instituto de Biodiversidade e Museu de História Natural da Universidade de Kansas, explicou que ambas as espécies, Ignacius mckennai e I. dawsonae, são descendentes de um antepassado comum que seguia em direção ao norte e que tinha um espírito “aventureiro” de ir para onde nenhum outro primata havia ido antes.
CC BY 4.0 / Kristen Miller, Instituo de Biodiversidade e Museu de História Natural da Universidade de Kansas / Identificadas duas espécies irmãs de quase primatas, denominadas de Primatomorpha, que remontam a aproximadamente 52 milhões de anosRepresentação artística do Ignacius dawsonae, encontrado na ilha de Ellesmere, em Nunavut, Canadá
Representação artística do Ignacius dawsonae, encontrado na ilha de Ellesmere, em Nunavut, Canadá
CC BY 4.0 / Kristen Miller, Instituo de Biodiversidade e Museu de História Natural da Universidade de Kansas / Identificadas duas espécies irmãs de quase primatas, denominadas de Primatomorpha, que remontam a aproximadamente 52 milhões de anos
Isso porque os espécimes foram encontrados na ilha de Ellesmere, em Nunavut, Canadá.
Os fósseis foram encontrados em camadas de sedimentos relacionadas ao Eoceno, uma época de temperaturas mais quentes que poderia indicar como seriam os ecossistemas nos próximos anos devido à mudança climática.
“Nenhum parente dos primatas havia sido encontrado antes em latitudes tão extremas”, afirmou Miller.
Além disso, os especialistas descobriram que as duas espécies eram ligeiramente maiores que seus parentes mais próximos, localizados no sul, um grupo de primatas, conhecidos como plesiadapiformes.
Com isso, os especialistas acreditam que as adaptações mostradas por ambas as espécies árticas durante uma época de aquecimento global mostram como alguns animais poderiam evoluir na atualidade, em resposta à mudança climática provocada pelo homem.
Fonte: sputniknewsbrasil