Carros seminovos desvalorizaram média de 5,4% em um ano


A pandemia causou estragos no orçamento de quem queria trocar de carro nos dois últimos anos. Isso porque a escassez de componentes eletrônicos presentes nos veículos zero km fizeram com que a oferta baixasse, causando até a paralisação de algumas fábricas por meses.

Com isso, os seminovos (com até quatro anos de uso) ficaram muito valorizados nesse período, já que quem precisava comprar um carro tinha poucas alternativas entre os novos ou era preciso esperar meses para receber seu modelo escolhido.

Passado o ápice das restrições sanitárias, as coisas voltaram ao normal – ainda que restem algumas sequelas da doença na sociedade. Como consequência, o mercado automotivo também começou a entrar nos eixos. E os carros usados e seminovos, que ficaram bem mais caros durante essa época, iniciam agora um processo de desvalorização.

Esse fato é comprovado por um levantamento feito pela Mobiauto, serviço online de anúncios e venda de veículos, com os dez modelos mais anunciados em sua plataforma dos anos-modelo de 2019 a 2022.

A empresa pesquisou quanto os carros custavam em fevereiro do ano passado e quanto custavam em fevereiro deste ano para chegar ao valor médio de 5,39% de depreciação dos seminovos. Entre os carros que aparecem na lista estão Chevrolet Onix, Fiat Strada e Toro, Ford Ka, Hyundai HB20 e Creta, Jeep Compass e Renegade, Toyota Corolla e Volkswagen Gol.

“Vivemos um período atípico, em que a falta de modelos zero km e os constantes aumentos de preços acabaram por elevar as cotações dos seminovos entre 2020 e 2021. Carro não sobe de preço em mercados de economia estável como a nossa. Isso só ocorreu porque o zero ficou muito alto, faltou produto nas lojas, e o seminovo acompanhou a alta. Só que esses carros subiram mais de 20% nesse período. Essa queda no último ano de cinco pontos percentuais é ainda bem menor do que o que havia subido antes”, diz Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

Mas quem realmente aumentou essa média de depreciação foram os modelos mais caros, que depois de uma supervalorização, passaram a registrar valores mais condizentes com o mercado. O maior índice de desvalorização ficou com o Jeep Compass TDI Série S 2019 (-15,87%), seguido pelo “irmão” Renegade Longitude TDI 2021 (-13,72%) e pelo Toyota Corolla 2.0 Altis S 2021 (-13,69%).

Já as opções mais populares, digamos, tiveram uma desvalorização abaixo de 3%, o que é considerado pelo especialista uma espécie de “empate técnico”. “Quem comprou um desses carros um ano atrás vai revendê-lo hoje por praticamente o mesmo valor que pagou.”

Confira abaixo quais carros tiveram os menores índices de depreciação no último ano, de acordo com o estudo da Mobiauto.

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Fonte: direitonews

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