O chefe da Mercedes, Toto Wolff, disse que a Aston Martin pode servir de inspiração após um início de temporada de Fórmula 1 difícil para sua equipe em 2023.
A Mercedes foi apenas a quarta equipe mais rápida na qualificação e na corrida no Bahrein, já que Lewis Hamilton e George Russell não conseguiram enfrentar os concorrentes da frente.
Hamilton terminou pouco mais de 50 segundos atrás do vencedor da corrida, Max Verstappen, e foi superado pelo companheiro de Verstappen na Red Bull, Sergio Perez, além de Fernando Alonso da Aston Martin e Carlos Sainz da Ferrari.
A exibição da Mercedes no final de semana no Bahrein levou Wolff a admitir que foi errado manter seu conceito ‘zero pod’, ao projetar o W14 e admitiu que é improvável que as atualizações que virão para futuros GPs proporcionem os ganhos desejados pela equipe.
Já a Aston Martin teve um ótimo início em 2023, com Alonso garantindo o P3, além de Lance Stroll, mesmo ainda machucado devido ao seu acidente de bicicleta, terminando a corrida no Bahrein em P6.
A Aston Martin tem um relacionamento muito próximo com a Mercedes, com o AMR23 usando unidade de potência, caixa de câmbio e hidráulica da Mercedes, entre outros componentes, além de também utilizar o túnel de vento da Mercedes, enquanto espera que suas novas instalações estejam prontas em 2024.
“Se você olhar para onde estávamos no final da temporada passada, onde parecia que havíamos recuperado muito e era apenas uma questão de quais circuitos nos convinham e quais não, acho que quase dobramos, se não triplicamos a diferença para a Red Bull”, disse Wolff.
“Dito isso, o que a Aston Martin conseguiu é uma boa inspiração, porque eles voltaram de dois segundos atrás no ritmo, para ser a segunda equipe mais rápida na pista.”
“Com a gente está tudo ruim. Talvez o ritmo de volta única ainda tenha sido bom, mas na corrida vimos as consequências e, para ser franco, estávamos com falta de downforce, e quando você está sem downforce você está deslizando os pneus, e quando você está deslizando os pneus você está ficando para trás”, acrescentou.
Wolff afirmou que a Mercedes terá que correr riscos se quiser eventualmente voltar a uma posição em que possa disputar títulos.
“Antes de tudo, não estou mentindo para mim mesmo e não estou mentindo para vocês (imprensa)”, disse Wolff. “Tentei todos esses anos ser transparente e honesto. O que estou dizendo aqui é como me sinto agora.”
“Não estou exagerando. A diferença é muito grande e para recuperar precisamos dar passos largos, não convencionais, e somar alguns pontos a cada semana, porque todo mundo vai fazer isso.”
“Como eu já disse antes, a Aston Martin tomou as decisões certas e voltou forte. Então, se começarmos de nossa base, talvez também possamos voltar fortes e perseguir os carros da Red Bull. Esse é o objetivo”, encerrou Wolff.
Fonte: f1mania