A temporada 2023 da F1 começa neste final de semana no Bahrein. Max Verstappen vem para o tricampeonato consecutivo? Lewis Hamilton se tornará o maior campeão da história da categoria? Leclerc, Pérez, Sainz ou Russell conquistarão um título inédito? Estas perguntas só serão respondidas no dia 26 de novembro em Abu Dhabi, data da última etapa.
Mas a Fórmula 1 2023 promete novas emoções no decorrer de 23 corridas no calendário (o maior campeonato de todos os tempos): uma cidade icônica voltará a receber uma etapa, seis sprints race durante o ano (o dobro de 2022) e, claro, o troca-troca de pilotos que agita os bastidores. Vamos ao Guia F1 2023!
A temporada 2023 terá o maior calendário da história da F1. Serão 23 corridas ao redor do mundo. Destaque para três etapas nos Estados Unidos após a confirmação do retorno de Las Vegas — cidade sediou corridas do categoria em 1981 e 1982. Uma particularidade é que a luz verde vai acontecer no dia 18 de novembro, sábado à noite s 22h do horário local — 2h da manhã de domingo no horário de Brasília — para aproveitar o cenário dos cassinos iluminados. As outras duas corridas nos EUA acontecem em Miami (Flórida) e Austin (Texas).
Presente em 2021 pela primeira vez — e ausente de 2022 —, o GP do Catar será disputado novamente este ano no circuito de Losail, conhecido mais por receber a Moto GP, principal categoria de motos do mundo.
O calendário era para ter a 24 corridas, mas a organização do GP da China achou melhor cancelar a etapa deste ano devido às restrições sanitárias ainda por causa da Covid-19.
A mudança drástica no regulamento que aconteceu em 2022 mudou a aerodinâmica dos carros e trouxe de volta o efeito solo. Antes a maior parte da carga aerodinâmica era obtida pelo direcionamento de ar pelas asas, da carenagem e do difusor. A alteração nas regras colocou o assoalho do carro como ator principal na geração de downforce, a força que “gruda” o carro no chão para ter mais aderência.
O efeito colateral da modificação foi o polêmico porpoising ou efeito golfinho, que faz os carros trepidarem (perigosamente) em alta velocidade, como se estivessem quicando no chão. Algumas equipes reagiram rápido e conseguiram lidar melhor com essa consequência da mexida nas regras, como Red Bull e Ferrari. Já a Mercedes…
Para 2023, as dez equipes aprovaram fazer novas alterações técnicas no assoalho (e também no difusor) para diminuir o quicar dos carros e também por questões de segurança. O resultado? Veremos no GP do Bahrein no próximo domingo (5).
Se em 2021 e 2022 as sprints race só contemplavam três GPs do calendário, em 2023 esse número vai dobrar. Brasil, Azerbaijão, Catar, Áustria, Bélgica e Austin (EUA) serão os locais que receberão as corridas curtas que valem pontos para o campeonato e definem o grid largada para o domingo. E, como no ano passado, o primeiro colocado adiciona oito pontos na conta. O segundo leva sete, o terceiro, seis, e assim vai até o oitavo lugar que fecha a zona de pontuação.
A temporada 2023 também vai promover algumas mudanças no lineup de pilotos. As principais equipes, no entanto, mantiveram suas duplas: Red Bull (Verstappen e Pérez), Ferrari (Leclerc e Sainz) e Mercedes (Hamilton e Russell). A Alfa Romeo é outro exemplo que optou pela manutenção de seus pilotos, Valtteri Bottas e Guanyu Zhou . Já as outras seis equipes promoveram substituições.
A dança das cadeiras começou mesmo quando o tetracampeão Sebastian Vettel anunciou sua aposentadoria em outubro do ano passado após 16 temporadas. Para ocupar seu lugar, a Aston Martin escolheu outro piloto experiente: o bicampeão Fernando Alonso, ex-Alpine. O canadense Lance Stroll permanece e será o companheiro de equipe do espanhol.
Para a vaga de Alonso, a francesa Alpine tinha escolhido o reserva Oscar Piastri, promessa que se destacou nas categorias de acesso. Mas uma reviravolta contratual, que quase foi parar na justiça, colocou o novato australiano ao lado britânico Lando Norris na… McLaren! Sem Piastri, a Alpine foi buscar o jovem francês Pierre Gasly, que deixou a Alpha Tauri.
Veja os novos carros e o grid completo da F1 2023 aqui.
A equipe italiana, que pertence à Red Bull, manteve o japonês Yuki Tsunoda e trouxe o holandês Nyck de Vries, campeão da Fórmula E. Vries fez sua estreia na F1 em 2022 quando substituiu Alexander Albon (internado às pressas para uma cirguria de retira de apêndice) no GP de Monza e impressionou todo o circo da categoria ao conquistar o 9º lugar. Um resultado garantiu seu assento para 2023 na Alpha Tauri.
Além de Piastri e Vries, outro novato estará na F1, mais precisamente no cockpit da Williams. O americano Logan Sargeant, não tem um título de expressão na carreira, mas é apontado com um dos principais pilotos de sua geração. Já Daniel Ricciardo, ex-McLaren, ficará de fora do grid de 2023. O australiano vencedor de sete GPs na F1 volta à Red Bull, mas como terceiro piloto. Por fim, a Haas demitiu o alemão Mick Schumacher (filho do heptacampeão Michael Schumacher) e contratou o Nico Hülkenberg, um rosto bastante conhecido da Fórmula 1. O alemão será o companheiro do dinamarquês Kevin Magnussen.
Se os carros de corrida mais rápidos do mundo estarão nas pistas, o SUV mais rápido do mundo também estará. Isso porque o carro médico será o Aston Martin DBX 707, um utilitário esportivo com nada menos que 707 cv e absurdos 91,7 kgfm de torque. Tudo extraído do motor V8 4.0 biturbo, permitindo ao utilitário esportivo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,3 s e atingir velocidade máxima de 310 km/h.
O DBX já era o carro médico da F1 em 2022, porém na versão “menos potente”, de 550 cv. Pilotado por Alan van der Merwe, o SUV é o responsável por transportar os médicos até o local do acidente e carregar os equipamentos essenciais de atendimento, como: extintores de incêndio, bolsas médicas e um desfibrilador.
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Fonte: direitonews