“É um país que tem um problema histórico para sua industrialização até por questões da colonização britânica, que impediu por muito tempo a sua industrialização. Desde 1947 [quando conquistou a independência] a Índia luta para tentar se ver como uma potência industrializada”, explica Nicolini.
“A Índia tem o maior exército do mundo em número de soldados. Mas o armamento indiano ainda é considerado obsoleto. E esse fator de ter muitos soldados é complicado, porque o governo pensa muito nas pensões. Hoje os países tentam trocar soldados por tecnologias. A Índia tem uma carência em sua indústria de armamentos. Ela é fortemente dependente do exterior, principalmente da Rússia e dos EUA. O desenvolvimento tecnológico no setor de defesa da Índia é muito dependente do que vem de relações bilaterais com essas grandes potências.”
“A Rússia já colabora. A maior parte dos equipamentos indianos, principalmente terrestres e aéreos, é produzida no país [Índia] sob licença russa. O conteúdo local nestes equipamentos pode chegar a 100% se a Índia desejar. O Brasil também está disposto a colaborar. A Embraer propôs produzir o cargueiro KC-390 na Índia com alto índice de nacionalização. No passado, a Embraer fabricou aviões de alerta antecipado para a Força Aérea Indiana. Os radares eram de fabricação local.”
Fonte: sputniknewsbrasil