O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir com ministros do governo que compõe sua equipe econômica e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para deliberar sobre a reoneração dos combustíveis.
Lula havia prorrogado somente até esta terça-feira a desoneração, ou seja, a redução a zero dos impostos federais que incidem sobre a gasolina, etanol, querosene de aviação e gás natural veicular (GNV) — uma vez que o diesel e o gás de cozinha vão ter os impostos zerados até 31 de dezembro.
A medida original de desonerar os combustíveis, até 1º de março, foi do governo de Jair Bolsonaro (PL) para diminuir os preços ainda durante o período das eleições, medida que foi amplamente criticada por analistas e pela oposição como “uso indevido da máquina pública” para angariar votos.
O objetivo do encontro desta terça é discutir o aumento do imposto que incide sobre os combustíveis anunciado na segunda-feira (27) com a finalidade de arrecadar R$ 28,8 bilhões somente neste ano, mas, até o momento, nenhum anúncio oficial foi feito pelo Palácio do Planalto e as opiniões dos principais atores políticos do núcleo duro do governo parecem estar dividas.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que compõe a ala econômica do governo liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é contra a retomada da tributação dos combustíveis argumentando que o aumento de preços penaliza os consumidores e significaria “descumprir compromisso de campanha”.
Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defende uma saída intermediária, com um aumento progressivo dos preços dos combustíveis através de uma Medida Provisória editada pelo presidente.
A principal argumentação sobre a volta da cobrança dos impostos é aumentar a arrecadação e diminuir o rombo de mais de R$ 200 bilhões esperados para as contas do governo neste ano.
De acordo com o G1, além do presidente da Petrobras e dos ministros da Casa Civil e da Fazenda, também participa do encontro com Lula o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Fonte: sputniknewsbrasil