Os astrônomos detectaram um objeto que acreditam ser uma nuvem de poeira de gás alongada que está sendo puxada para um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.
A massive filament of gas and dust, designated X7, has been elongated during its long approach to the Milky Way galaxy’s SBH Sagittarius A*. See @keckobservatory imagery of X7 and an animation of its closest approach to the black hole.
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— Girl In Space (@ExploreCosmos_) February 22, 2023
Um filamento maciço de gás e poeira, designado X7, foi alongado durante sua longa aproximação à Via Láctea SBH Sagitário A* da galáxia. Veja as imagens do X7 do Observatório W. M. Keck e uma animação de sua aproximação mais próxima ao buraco negro.
A nuvem de pó de gás tem uma massa 50 vezes maior do que a da Terra. Atualmente está orbitando o buraco negro supermassivo Sagitário A* que, segundo ele, levará 170 anos para passar, mas é improvável que o X7 complete uma única rotação antes de ser dilacerado. O X7 fará sua maior aproximação do Sagitário A* por volta de 2036, e a nuvem se dissipará logo em seguida, devido ao buraco negro atrair gás e poeira.
“Prevemos que as fortes forças das marés exercidas pelo buraco negro galáctico acabarão aniquilando o X7 antes mesmo de completar uma órbita”, disse Mark Morris, professor de física e astronomia da Universidade de Califórnia, Los Angeles, EUA, e coautor do estudo publicado na revista Astrophysical Journal.
O objeto, que está se transformando em um fio de poeira de gás, tem sido acompanhado por cientistas desde 2002. As imagens indicam que ele é 3.000 vezes maior do que a distância da Terra ao Sol. Os astrônomos veem sua utilidade por permitir ver a física em condições extremas de perto do centro da galáxia.
X7 orbita a uma velocidade de até 784 quilômetros por segundo, ou aproximadamente 2,82 milhões de km/h. A massa extremamente alta de um buraco negro significa que tudo em sua vizinhança está viajando muito mais rápido do que em qualquer outro lugar de nossa galáxia.
“É um privilégio poder estudar o ambiente extremo no centro de nossa galáxia“, afirmou Randy Campbell, coautor e diretor de operações científicas do Observatório Keck.
Os cientistas ainda não sabem a origem da nuvem, mas eles teorizam que poderia ter surgido com uma fusão de duas estrelas. Normalmente, neste processo, a estrela absorvida fica encoberta por pó de gás, algo que se encaixa na descrição dos chamados objetos-G, que parecem nuvens de gás, mas agem como estrelas, com o gás ejetado produzindo objetos como X7.
Fonte: sputniknewsbrasil