Com os preços dos automóveis tendo disparado nos últimos anos, muitas pessoas estão adiando o sonho de comprar ou trocar de carro, seja zero km ou mesmo usado. Hoje o carro novo mais barato do mercado já encosta nos R$ 70 mil, um aumento de 150% nos últimos quatro anos. Dessa forma, o poder de compra do brasileiro também foi muito afetado: quem ganha um salário mínimo precisa economizar 55 meses para conseguir compra um Renault Kwid, que parte de R$ 68.190.
De acordo com estudo da Ipsos, empresa especializada em pesquisa e inteligência de mercado, o principal motivo que afasta os brasileiros da compra de um veículo é o alto custo de propriedade, resposta de 33,4% dos entrevistados.
O custo de propriedade não se resume apenas ao valor da compra do carro, mas também engloba todos os gastos necessários para mantê-lo na garagem, como impostos, combustível, seguro e manutenção, por exemplo.
Em segundo lugar, a taxa de juros alta é outro entrave para os motoristas do país, com 32,5% das citações. Bancos tradicionais como Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal cobram taxa de juros que varia de 25% a 30% ao ano para pessoa física na aquisição de um automóvel, de acordo com o Banco Central.
O preço do combustível aparece na terceira colocação, também com 32,5% das opiniões dos entrevistados – e olha que a pesquisa foi feita antes do provável aumento da gasolina, que deve acontecer a partir de março. No ano passado, esse foi o principal motivo apontado pelos consumidores que impedia a compra do carro.
Realizada anualmente, a pesquisa Ipsos Drivers ouviu 1.200 pessoas de todo o Brasil. De forma espontânea, os entrevistados enumeraram cinco barreiras para a compra de um carro, sejam novos ou usados, envolvendo troca ou não, nos dias de hoje.
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Fonte: direitonews