Os sedãs da Chevrolet são figurinhas carimbadas nas ruas do Brasil. Não é exagero dizer que a marca se especializou no segmento após tantos lançamentos de sucesso. Carros marcantes como Chevette, Opala, Vectra e Monza conquistaram espaços importantes nas garagens dos brasileiros.
Com a modinha dos SUVs, restam poucas opções de sedãs no Brasil. A própria Chevrolet, que já teve um catálogo bem recheado, vende apenas Onix Plus e Cruze Sedan, sendo que este último deve sair de linha em breve. O mercado de usados tem opções mais interessantes, como o tradicional Prisma.
Em mais um guia, Autoesporte vai contar tudo o que você precisa saber antes de comprar um Chevrolet Prisma usado. Qual é a história do modelo? Quais são os melhores anos? O que evitar? Confira essas e outras informações abaixo.
O Prisma foi lançado em 2006 como uma versão sedã do Celta. Os carros eram basicamente idênticos, com exceção do visual da traseira. Na comparação com o irmão Corsa Sedan, o Prisma conquistou o mercado por suas semelhanças com o Vectra.
Em 2012, o Prisma foi lançado em sua segunda geração, dessa vez com base no Chevrolet Onix. Foi um grande salto para o sedã, que chegou a ser oferecido com câmbio automático pela primeira vez. O Prisma se tornou um dos carros mais vendidos do Brasil e a Chevrolet liderou o mercado por vários anos.
Com o lançamento da nova geração em 2019, o Prisma passou a se chamar Onix Plus. Ainda que a segunda geração continuasse em linha, a Chevrolet também mudou seu nome para Joy Plus.
Neste guia, vamos focar na segunda geração do Prisma, que foi produzida entre 2012 e 2022, mesmo tendo mudado o nome.
O Prisma foi lançado com motores 1.0 e 1.4 e permaneceu dessa forma durante todo o seu ciclo no mercado. O motor 1.0 desenvolve 80 cv de potência e 9,8 kgfm de torque, sempre com câmbio manual de cinco marchas. Seu desempenho deixava a desejar, mas o excelente consumo de combustível era um de seus trunfos: 7,6 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada com etanol, e 9,7 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada com gasolina. Os dados são do Inmetro.
O modelo 1.4 entrega 106 cv de potência e 13,9 kgfm de torque. Em seu primeiro ano, a versão era vendida exclusivamente com câmbio manual de cinco marchas, mas a partir de 2013, o Prisma passou a ser oferecido com câmbio automático de seis marchas.
Podemos afirmar que o Prisma foi revolucionário nesse sentido. A maioria dos sedãs compactos da época não tinha opção de câmbio automático. O Hyundai HB20S era um dos poucos com essa opção, mas sua transmissão era de apenas quatro marchas.
A versão manual do Prisma era capaz de marcar 8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada com etanol, além de 9,1 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada com gasolina. Com câmbio automático, o sedã compacto marcava 7,7 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada com etanol, e 8,9 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina.
A mecânica descomplicada do Prisma tem boa reputação. Os principais problemas ocorrem por desgaste, principalmente no pedal da embreagem (que pode endurecer com o tempo) e na bomba hidráulica da direção.
Para um sedã de entrada, o Prisma era bem equipado. A versão LS tinha apenas o básico, como direção hidráulica, vidros elétricos nas portas dianteiras e ar-condicionado. A partir da versão LT, o sedã já oferecia itens mais sofisticados, como sensores de estacionamento traseiro, controles elétricos dos vidros traseiros e ajustes elétricos dos retrovisores.
A versão LTZ tinha central multimídia MyLink com conexões Bluetooth, auxiliar e USB. A partir de 2016, o sistema foi atualizado com conexão Android Auto e Apple CarPlay para o pareamento de celulares. A versão também oferecia volante multifuncional, computador de bordo e câmera de ré para o auxílio de manobras (opcional).
A melhor relação custo-benefício entre as versões (considerando o preço, nível de equipamentos e economia de combustível) é do Prisma LTZ 1.4 com câmbio manual.
O sedã não tem o conforto do câmbio de seis marchas da versão automática, mas tem desempenho honesto e consumo de combustível condizente com sua época. Além disso, a central multimídia MyLink era equipamento de série na versão LTZ, ainda que não tivesse Android Auto e Apple CarPlay.
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Fonte: direitonews