Via @metropoles | Idealizado para realizar os sonhos de muitos casais, o Fábrica de Casamentos provocou um pesadelo para o SBT. A emissora comandada por Silvio Santos terá que pagar uma indenização de R$ 74 mil a um casal escolhido para participar do programa.
De acordo com informações divulgadas pelo colunista Rogério Gentile no UOL, os noivos, que tiveram as identidades preservadas, se inscreveram para participar do programa e foram selecionados em 2016. O casamento deles foi marcado para 14 de dezembro do mesmo ano, mas foi cancelado pela produção do programa cerca de 20 dias antes.
No processo, o casal alega que o evento foi cancelado por “mudança no cronograma” do Fábrica de Casamentos. Quando souberam disso, eles tinham convidado cerca de 100 pessoas, que precisaram ser desconvidadas. Além disso, eles precisaram devolver os presentes recebidos e explicar para a filha, então com oito anos, que o casamento não ocorreria mais.
O SBT perdeu em primeira instância e recorreu. Em decisão publicada no fim de janeiro, o Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou o recurso apresentado pela empresa televisiva. O relator do processo, o desembargador Rogério Cimino, afirmou no texto que o cancelamento causou “angústia e sofrimento que extrapolam o mero descumprimento contratual”.
O que diz o SBT
A defesa da empresa de Silvio Santos alegou que o cancelamento não foi um “ato ilícito”. Os representantes legais afirmaram ainda que a festa não ocorreu por “inúmeros motivos” e que chegaram a dizer que a “suposta tristeza e frustração foram mitigadas pelo tempo da relação”. Para os advogados, o processo apresentado pelo casal seria apenas um capricho.
Como funciona o Fábrica de Casamento
O programa do SBT recebe inscrições de casais que querem oficializar a união. A ideia é realizar um “casamento perfeito” bancado pela produção do programa, com direito a vestido de noiva desenhado por um estilista, decoração e bufê à gosto dos noivos, bolo de chef confeiteira e até algumas surpresas, como viagens de lua de mel.
Beatriz Queiroz
Fonte: www.metropoles.com