ChatGPT: para que os brasileiros querem usar a nova tecnologia


O ChatGPT se transformou no assunto do momento e explodiu nas últimas semanas. De um lado, gera deslumbramento; do outro, espanto e medo entre os usuários.

Lançada pela empresa Open AI em novembro do ano passado, a inovação representa um salto na evolução das inteligências artificiais pela capacidade de produção de conteúdos a partir de informações já disponíveis na internet. O boom fez a Microsoft depositar mais US$ 10 bilhões na Open AI, startup na qual já tinha investido US$ 1 bilhão em 2019.

Em meio às discussões sobre os usos e aplicações, a startup Orbit Data Science analisou como os brasileiros pretendem interagir com a plataforma.

O principal destino que despontou, não por acaso, é a área de tecnologia. Entre as informações coletadas, obteve com 47,6% das menções.

Dentro desse recorte, os usuários pretendem aplicar a ferramenta principalmente em programação, 72%, para ações como a correção de códigos e criação de programas, jogos ou páginas.

Em segundo, com 18%, aparece a função de “ferramenta de busca”, o que pode gerar danos a plataformas como o Google.

Não à toa, a gigante de tecnologia anunciou nesta semana que irá lançar o Bard. A solução é baseada em LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo), sistema em desenvolvimento pela empresa há vários anos.

Para o levantamento, a startup Orbit acompanhou 4717 comentários com menções ao ChatGPT postados no Instagram, Youtube, Twitter e Facebook, além de vídeos TikTok.

Os analistas da empresa classificaram 1081 desses comentários, uma amostra com 95% de nível de confiança e 3% de margem de erro.

Como as pessoas querem usar o ChatGPT para estudos e educação

Os brasileiros também estão interessados eu usar o ChatGPT para estudos e educação, 15%. A aplicação nesta área de conhecimento tem dado o que falar globalmente, há receios de usos indevidos e fraudes que poderiam ser cometidas por alunos.

O exemplo mais notório é do caso em que a inteligência artificial “foi aprovada” no exame final do Master in Business Administration (MBA) da Universidade de Wharton, no Exame de Ordem (MBE) e também no Exame de Licenciamento Médico dos Estados Unidos (USMLE).

No Brasil, de acordo com os comentários, os objetivos os usuários envolvem:

  • Realização de trabalhos acadêmicos e escolares, 31,82%
  • Ajuda nos estudos, 23,74%
  • Resolução de contas e exercícios, 17,17%.

Quais os principais usos profissionais

A terceira posição no levantamento está associada à “função profissional”, casos em que a ferramenta pode contribuir para que as pessoas desenvolvam as suas funções melhor e com ganho de escala.

A categoria recebeu 11% das menções classificadas. Entre as principais aplicações, estão:

  • Estratégia de marketing, 27,44%
  • Criação de conteúdos para redes sociais, 20,12%
  • Ganhar dinheiro, 18,90%
  • Advocacia, 8,54%
  • Textos para sites e blogs, 7,32%

De acordo com Fernando Hargreaves, sócio-fundador e diretor de operações da Orbit Data Science, o levantamento captou uma grande sensação de ambivalência entre os usuários a respeito da nova tecnologia, principalmente quando se fala sobre o uso no ambiente de trabalho.

“Enquanto uns defendem que as partes mais maçantes e repetitivas do trabalho se tornarão muito mais ágeis, aumentando a produtividade e os resultados do trabalho humano, outros expressam receio quanto à possibilidade de, aos poucos, a IA substituir grande parte dos trabalhadores, promovendo o desemprego”, afirma.

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Fonte: exame

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