Após dois anos complicados para fabricação de veículos pela pandemia e falta de componentes, o ano de 2023 deverá trazer uma estabilidade para o setor. De acordo com a Anfavea, entidade que representa as montadoras, em janeiro as fabricantes registraram aumento de 5% na produção em comparação ao mesmo mês de 2022.
Embora o cenário seja positivo, o número ainda é 10,8% menor do que o produzido em janeiro de 2020, época anterior à pandemia. No primeiro mês do ano, 152,7 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram fabricados. O crescimento tímido perante a janeiro de 2022, que registrou 145,4 mil, foi devido às férias coletivas concedidas pela maioria das fabricantes nesse período, segundo a entidade.
“Em janeiro, o problema do setor automotivo foi mais de demanda do que de oferta. O ano começa com o mercado automotivo desaquecido, em função das crescentes dificuldades de crédito e do clima de incertezas sobre o desempenho da economia em nível nacional e global”, aponta o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
O aumento na produção não acompanhou o crescimento das vendas no primeiro mês do ano. Em comparação a janeiro do passado, os licenciamentos tiveram alta de 12,9%, com 142,9 mil exemplares emplacados, ante 126,5 mil de 2022. Já em relação a dezembro de 2022, normalmente o melhor mês de venda para o varejo, houve uma queda de 34,1% — foram 216,9 mil veículos emplacados.
O primeiro mês de 2023 foi o melhor janeiro da série histórica para venda de veículos híbridos e elétricos. Cerca de 4,5 mil unidades de automóveis e comerciais leves eletrificados foram emplacados. Desse total, 3.748 eram modelos híbridos e 755 eram elétricos. Em relação às 2.558 unidades do mesmo período de 2022, o crescimento foi de 76%. Já em comparação a janeiro de 2021, a alta foi de 241% perante aos 1.321 modelos.
A alta nas exportações foi o grande destaque de janeiro. Ao todo, 33 mil veículos produzidos no Brasil foram enviados para o exterior no último mês. Esse número é 19,3% maior do que o registrado em janeiro de 2022 e 5,9% do que as 31,2 mil unidades exportadas em dezembro do último ano.
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Fonte: direitonews