As escavações, iniciadas em 2015 em Múrcia, confirmaram a existência de ocupações pertencentes a diferentes épocas pré-históricas, entre 7.000 e 50.000 anos, convertendo-se em um dos poucos locais da zona mediterrânea em que se pode rastrear a transição entre os neandertais e os humanos modernos.
Los investigadores de la Cueva del Arco de Cieza (Murcia) han descubierto una gran cavidad con muestras de la existencia del oso cavernario, algo único tan al sur de Europa, según ha desvelado el profesor de la Universidad de Murcia Ignacio Martín Lerma. pic.twitter.com/jSsLDDFPRC
— EFE Murcia (@EFE_Murcia) February 3, 2023
Os pesquisadores da Caverna do Arco de Cieza (Múrcia) descobriram uma grande cavidade com amostras da existência do urso cavernícola, algo único no sul da Europa, segundo revelou o professor Ignacio Martín Lerma da Universidade de Múrcia.
No local, os pesquisadores descobriram uma caverna de mais de 1.500 metros de comprimento, sendo uma das cinco maiores de Múrcia. Algumas zonas da caverna possuem até 20 metros de altura. Suas salas de estalactites são, segundo os cientistas que as descobriram, algo de difícil comparação no mundo.
“É uma catedral no subsolo […] temos amostras de espeleotemas que têm mais de quatro metros, esse lugar é único no mundo”, afirmou Ignacio Martín, codiretor do projeto, da Universidade de Múrcia, citado pelo Onda Cero.
“O trabalho pela frente é de uma vida inteira, mas o importante é conservar e preservar. E o mais importante é que a caverna está intacta e completamente selada, estando além da faixa de 50.000 anos atrás”, explica Martín Lerma, outro pesquisador.
Os especialistas ainda documentaram a descoberta de garras de uma espécie de urso de mais de três metros.
“A identificação das marcas de garras de ursos cavernícolas em muitas das paredes torna a caverna um grande exemplo de habitat desses grandes mamíferos no sul da Europa”, afirmou Martín Lerma e Didac Román, que participaram das escavações.
O conjunto de cavernas foi descrito pelos especialistas como “a catedral paleolítica”. Eles também acreditam que o local “abre uma nova porta para a pré-história”.
Fonte: sputniknewsbrasil