Via @revistaforum | Cristóbal Martell Pérez-Alcalde é um dos mais notórios, famosos e caros advogados criminalistas da Espanha. O jurista acumula inúmeras vitórias nos tribunais em casos difíceis e escabroso e desde a última semana passou a ser o responsável pela defesa do jogador brasileiro Daniel Alves, ex-ídolo do Barcelona e que disputou três Copas do Mundo pela seleção canarinho, preso há 15 dias numa penitenciária nos arredores da capital catalã pela acusação de estupro feita por uma jovem de 23 anos, que afirma ter sofrido a violência sexual num banheiro de uma casa noturna na madrugada do último dia do ano de 2022.
O fato é que o lateral está cada vez mais enrascado no processo criminal que enfrenta, em especial por ter caído em contradição por três vezes, chegando a dizer até que não conhecia a mulher que o acusava, para depois afirmar que teve sexo consensual com ela. Por outro lado, a jovem mantém uma versão coerente e apresenta uma série de provas e indícios que cada vez mais tem encurralado o atleta acusado.
Martell anuncia que já tem um estratégia para tirar Daniel Alves da incômoda posição em que se encontra, o que para muita gente do meio jurídico espanhol, que conhece a astúcia do criminalista, pode ser uma tese ‘infalível’, que desde já melhoraria a situação do jogador, mesmo que futuramente ele venha a ser condenado.
Num primeiro momento, o famoso advogado que colocar seu cliente em liberdade monitorada via uma pulseira eletrônica, para livrá-lo do pesadelo do cárcere. Daniel Alves ocupa uma cela, com outro brasileiro, numa ala reservada a criminosos sexuais, na Penitenciária Brians 2, que fica em Sant Esteve Sesrovires, a pouco mais de 20km de Barcelona.
Por fim, Martell quer que, no pior dos cenários, caso não consiga inocentá-lo, o brasileiro seja condenado à metade da pena de quem coopera com a Justiça, o que poderia ficar entre três ou, no máximo, quatro anos de regime fechado.
Mas afinal, qual é a estratégia de Cristóbal Martell Pérez-Alcalde?
O novo advogado quer mostrar que Daniel Alves negou que conhecesse a vítima, e depois tentou minimizar o que havia ocorrido entre os dois, segundo o jogador foi sexo consentido, por conta do estado civil do cliente: um homem casado. Sim, para Martell, explicar que Daniel Alves estava apenas tentando esconder da esposa que tinha cometido adultério ao transar com outra mulher teria sido a raiz das mentiras que disse em depoimentos prévios. Seria, para o advogado, a hora do atleta admitir que não falou a verdade por vergonha e para não perder a esposa, mas que desde agora traria à tona toda a “verdade”, insistindo na tese de que o ato íntimo foi consensual.
Por Henrique Rodrigues
Fonte: revistaforum.com.br