A Noruega anunciou que descobriu uma quantidade “substancial” de metais e minerais, que variam de cobre a terras raras, no fundo do mar de sua extensa plataforma continental.
O anúncio foi feito na sexta-feira (27) nas primeiras estimativas oficiais de um estudo da Noruega.
Os recursos estão em alta demanda pelo papel que desempenham na transição para uma “economia mais verde”.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
–>
O país nórdico, grande exportador de petróleo e gás, está considerando a possibilidade de abrir suas áreas offshore para mineração em alto mar.
O processo requer a aprovação do parlamento do país e gerou preocupações ambientais.
“Dos metais encontrados no fundo do mar na área de estudo, magnésio, nióbio, cobalto e minerais de terras raras são encontrados na lista de minerais críticos da Comissão Europeia”, disse o Norwegian Petroleum Directorate (NPD), que conduziu o estudo, em um comunicado.
A estimativa de recursos, cobrindo áreas remotas no Mar da Noruega e no Mar da Groenlândia, mostrou que havia 38 milhões de toneladas de cobre.
Isso é quase o dobro do volume extraído globalmente a cada ano, e 45 milhões de toneladas de zinco acumuladas em sulfetos polimetálicos.
Os sulfetos, chamados de “defumadores negros”, são encontrados ao longo da cordilheira oceânica, onde o magma do manto da Terra atinge o fundo do mar, em profundidades de cerca de 3 mil metros.
Estima-se que cerca de 24 milhões de toneladas de magnésio e 3,1 milhões de toneladas de cobalto estejam em crostas de manganês cultivadas em leito rochoso ao longo de milhões de anos, bem como 1,7 milhão de toneladas de cério, um elemento de terras raras usado em ligas.
Também se estima que as crostas de manganês contenham outros metais de terras raras, como neodímio, ítrio e disprósio.
“Minerais caros e raros, como neodímio e disprósio, são extremamente importantes para ímãs em turbinas eólicas e motores em veículos elétricos”, disse o NPD.
Fonte: gazetabrasil