Stoltenberg pede para Coreia do Sul prestar assistência militar à Ucrânia


O secretário-geral fez essas observações durante um discurso no Instituto de Estudos Avançados durante uma visita a Seul. Em seu discurso, Stoltenberg expressou gratidão à Coreia do Sul pelo apoio econômico da Ucrânia, mas também pediu para considerar a questão da assistência militar.

“Invocamos a Coreia do Sul a considerar a questão específica do apoio militar [para Ucrânia] […], [sendo essa] uma decisão que a Coreia do Sul deve tomar no final. Alguns aliados da OTAN mudaram sua política de recusar-se para exportar armas países em conflito militar”, disse Stoltenberg.

Ele exemplificou a Alemanha, Suécia, Noruega e outros países, dizendo que eles mudaram de posicionamento, porque eles entenderam que “é a única maneira de apoiar a democracia moderna, para criar condições para uma paz duradoura através da vitória da Ucrânia”.
Stoltenberg está em visita à Coreia do Sul de 29 a 30 de janeiro. Ele já se reuniu com o chanceler sul-coreano, Park Jin, tendo durante o encontro discutido a questão norte-coreana e as relações da Coreia do Sul com a OTAN, concluindo que precisam ser fortalecidas. Nesta segunda-feira, o secretário-geral também deve se encontrar com o ministro da Defesa sul-coreano, Lee Jong-sop. De 30 de janeiro a 1° de fevereiro, Stoltenberg visitará o Japão.
Fuzileiros navais filipinos e americanos conversam ao lado de um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) dos EUA durante um Exercício de Tiro ao Vivo de Armas Combinadas (CALFEX) como parte dos exercícios de combate anuais entre o Corpo de Fuzileiros Navais das Filipinas e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Capas, província de Tarlac, norte das Filipinas , 13 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.01.2023

A Ucrânia pediu repetidamente à Coreia do Sul para ajudá-la com armas. Em abril do ano passado, Vladimir Zelensky pediu a Seul para abastecer a Ucrânia com veículo de combate, armas antiaéreas, antinavio e antitanque. O ministro da Defesa da Ucrânia, Aleksei Reznikov, pediu para ajudar a defesa aérea do país.
A embaixada dos Estados Unidos em Seul teria transmitido o mesmo pedido à Coreia do Sul. Mas o ministro da Defesa sul-coreano, Seok Wook, declarou que a situação de segurança em seu país “limita a assistência a sistemas de armas letais”. A impossibilidade de fornecer armas letais à Ucrânia tem sido desde então uma posição constante de Seul.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, em 26 de janeiro, confirmou mais uma vez no contexto da decisão dos Estados Unidos e da Alemanha de fornecer tanques de combate à Ucrânia que a posição de Seul sobre a impossibilidade de fornecer armas letais a Kiev permanece inalterada.
A Rússia já havia enviado uma nota à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a propósito dos carregamentos de armas para a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia. O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da Aliança Atlântica “brincam com o fogo” ao fornecerem armas para a Ucrânia. Dmitry Peskov, o porta-voz do presidente russo, referiu que bombear a Ucrânia com armas do Ocidente terá um efeito negativo
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, participa de uma coletiva de imprensa em Tóquio, 16 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.01.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Polícia Civil cumpre prisões temporárias contra suspeitos de homicídio em que vítima foi espancada em Cuiabá
Próxima Philips anuncia demissão de mais 6 mil funcionários