Suplicy diz não ver provocação ao PT em menção de Ciro em programa de governo


Suplicy diz não ver provocação ao PT em menção de Ciro em programa de governo

(FOLHAPRESS) – O vereador Eduardo Suplicy (PT) diz não ver provocação ao PT por parte do candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, ao batizar o programa de transferência de renda de seu plano de governo com seu nome.


O ex-senador diz que Ciro já havia avisado da intenção da homenagem durante live que fizeram em agosto do ano passado, quando respondeu que o importante era a implementação do programa. Ele diz que não pedirá para ter seu nome tirado do plano do pedetista.

“Não vejo problema. O que posso falar, como já falei para o Ciro, é que o importante não é meu nome, o importante é implementar a renda básica de cidadania. Gostaria que todos os candidatos à Presidência viessem a implementar. É uma maneira de todos fazerem o que o presidente Jair Bolsonaro, em que pese minha insistência, não fez”, diz Suplicy ao Painel.

Nesta terça-feira (16), Ciro disse que o petista dedicou a vida inteira a colocar o assunto em pauta e o PT sempre o levou ao deboche e ao ridículo. Suplicy diverge e diz que Lula sempre o tratou com muita dignidade e sempre valorizou sua insistência com o programa.

“Em entrevista que está na oitava edição do meu livro ‘Renda de Cidadania’, ele lembra que, quando da sanção do projeto da renda básica, aquele que tantos consideram o maior economista brasileiro, Celso Furtado, enviou uma comunicação a ele, enaltecendo que o Brasil, que havia sido o último país a abolir o trabalho escravo, seria o primeiro a implementar uma lei que concede dignidade a todos”, afirma.

Ele também recorre ao reconhecimento de Lula para dizer que não interesse repentino do PT em sua proposta após a homenagem de Ciro Gomes.

Nesta segunda (15), Suplicy teve um encontro com a coordenação de campanha de Lula. Segundo ele, ficou estabelecido que um novo programa de transferência de renda de um eventual terceiro governo Lula incluirá uma transição para a renda básica de cidadania.

“Ficou explicitado que vai haver, primeiramente, um programa de transferência de renda, que pode ser chamado de Novo Bolsa Família, e que vai providenciar gradualmente um desenvolvimento em direção à renda básica de cidadania. Primeiro, a todas as crianças de até três anos, ou algo nesse sentido. Depois, até sete anos. Depois, um pouco mais. Depois, jovens e adolescentes, até chegar à renda básica universal”, explica o senador, que é candidato a deputado estadual por São Paulo.

Em junho, Suplicy queixou-se publicamente de que Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, não havia considerado a renda básica de cidadania. O ex-ministro respondeu que Suplicy cometia uma injustiça e que já havia um trecho sobre a proposta no texto.

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