O encerramento dos lixões e a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos são considerados grandes desafios para cidades de todo o estado, considerando a necessidade de alto investimento para operacionalização e manutenção do serviço. De acordo com dados do Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Mato Grosso de 2021, 116 municípios dispõem de forma inadequada cerca de 2,3 mil toneladas de resíduos e rejeitos diariamente.
Para auxiliar as prefeituras, a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) elaborou propostas de arranjos e agrupamento de municípios que podem contribuir para a solução do problema em todo o estado. Além disso, a instituição é procurada por setores da iniciativa privada que têm interesse em fazer a implantação, gerenciamento e manutenção dos aterros, cuja operacionalização exige altos investimentos, que não cabem nos orçamentos das prefeituras.
Nesta quarta-feira (25), o presidente da AMM, Neurilan Fraga, e equipe técnica receberam o representante da empresa Orizon, Moacir Rosseti, que tem interesse em prestar o serviço a municípios de Mato Grosso. Fraga argumentou que o gerenciamento dos resíduos sólidos é um grande desafio para os gestores locais, que buscam parceria para atender a legislação.
“Há mais de dois anos acompanhamos o assunto e buscamos alternativas para solucionar o gargalo ambiental nos municípios. Não vamos conseguir erradicar os lixões sem apoio financeiro dos governos federal e estadual. As prefeituras precisam de auxílio para cumprir a legislação e atender essa demanda que impacta áreas estratégicas, como saúde e meio ambiente”, assinalou.
O presidente da AMM também ressaltou que as prefeituras estão sendo notificadas e multadas pelos órgãos ambientais devido à permanência dos lixões. “As multas não resolvem o problema. Apenas penalizam os gestores, que não precisam de sanção e sim de apoio para solucionar essa demanda tão importante”, ressaltou.
Fonte: amm