Com apenas 78 corridas restantes para atingir o objetivo de conquistar o título na Fórmula 1, dentro do projeto definido pela Alpine, o chefe da equipe, Otmar Szafnauer disse que seu time tem que estar mais perto da terceira posição no final do campeonato deste ano.
No final de 2021, após a vitória de Esteban Ocon no GP da Hungria, o CEO da Alpine, Laurent Rossi, falou sobre um ‘Projeto de 100 corridas, quatro anos, quatro temporadas’, para a equipe estar na disputa pelos títulos na F1.
Enquanto alguns argumentam que a contagem regressiva começou no início da temporada de 2021, o primeiro ano da equipe como Alpine, Szafnauer se deu um pouco mais de margem, considerando que o ‘relógio’ só começou a contar quando ele se juntou à equipe.
Isso foi no início da temporada 2022, quando o dirigente de 58 anos trocou a Aston Martin pela Alpine. Assim, ele avalia que eles têm cerca de 78 corridas para conquistar o título.
“Temos que dar um passo maior para nosso objetivo de vencer um campeonato em 100 corridas”, disse Szafnauer sobre a equipe em 2023, de acordo com o Motorsport.com.
“E acho que estamos com menos de 80 corridas agora. As 100 começaram no início de 2022. Portanto, são menos de 80 a partir de agora. Temos que continuar assim, mas nos aproximar mais do terceiro lugar. Portanto, mesmo que fiquemos em quarto lugar, temos que progredir”, disse ele.
Tendo trabalhado anteriormente com a British American Racing (BAR) na Fórmula 1, seguido de passagens pela Honda e depois pela Force India, que se tornou Racing Point antes de chamar Aston Martin, Szafnauer tem uma boa ideia do que funciona e do que não funciona na F1.
Chegando na Alpine no início de 2022, o primeiro passo de Szafnauer foi alinhar os objetivos com o CEO do time, Laurent Rossi, e descobrir o que precisa ser feito para chegar lá.
Szafnauer continuou: “Como vamos lutar pelo campeonato em 100 corridas? O que nós precisamos? Quais ferramentas precisamos? Que habilidades precisamos para complementar as que já temos? Então esse plano foi feito.”
“Observei esse plano para conhecer todos os componentes e agora estamos em processo de implementação. Então tem algumas coisas que eu trouxe comigo para dizer: ‘Olha, eu acho que a gente precisa mais disso’. E há algumas coisas que já foram realizadas”, afirmou.
Um grande problema no plano da Alpine na última temporada, foi a confiabilidade do motor. Embora a unidade de potência muitas vezes tenha ajudado Esteban Ocon e Fernando Alonso a marcar pontos, também os decepcionou em outros momentos.
“Tivemos alguns problemas de confiabilidade”, reconheceu Szafnauer. “E estou ansioso para resolver isso. Essas mudanças são possíveis, embora alguns dos problemas não estivessem realmente relacionados ao trem de força, mas a subprodutos (bomba de água, bomba de óleo, etc.). Mas precisamos redesenhar e corrigi-los.”
“Estou confiante de que podemos fazer isso. Então é claro que vamos conseguir mais pontos, mas também queremos dar um passo à frente em termos de desempenho”, afirmou Szafnauer. “E isso é mais difícil com a unidade de potência, porque o desenvolvimento está congelado. Portanto, você precisa entender o chassi, fazer um trabalho melhor no desenvolvimento do chassi, e ter dois pilotos que possam pontuar consistentemente.”
“Ainda não chegamos lá. Mas em todas as decisões que tomamos, o desempenho deve vir em primeiro lugar. E isso também é um pouco sobre liderança, um pouco sobre o que focar e um pouco sobre o fato de que a equipe de engenharia também tem esse foco”, acrescentou.
“Somos 900 funcionários. Todo mundo tem que ter esse foco, e leva tempo para disseminar essa cultura. Mas vai um pouco mais rápido quando começa no topo da equipe de gerenciamento. Se eles começarem a se comportar dessa maneira, o restante da organização fará o mesmo”, finalizou Szafnauer.