A alternância de diretores de prova da FIA na Fórmula 1 pode não ser o melhor caminho escolhido. Segundo Emanuele Pirro, ex-piloto e fiscal da entidade, o competidor deu sua opinião sobre a decisão para a categoria.
O italiano teve uma passagem pouco frutífera pela principal categoria do automobilismo com apenas três pontos em 40 corridas. Entretanto, brilhou ao ter cinco vitórias em Le Mans, duas nas 12 Horas de Sebring, três em Petit Le Mans e uma nas 24 Horas de Nürburgring.
Agora, está dedicado a ficar mais nos bastidores, lidando com decisões de diretores de prova. Na temporada 2023, contou que “vou estar em três ou quatro corridas, é um comprometimento que me deixa honrado e que sou muito envolvido.”
Como um fiscal, Pirro observou como as coisas funcionam, especialmente comparado com o passado recente. Segundo o dirigente, a morte repentina de Charlie Whiting, diretor de prova da F1, em março de 2019, criou uma lacuna de comando real na entidade.
“É uma situação difícil porque estamos vindo de um período longo de apenas um homem, Charlie, que era o centro de tudo: diretor de prova, representatividade de segurança e era o ponto de contato para pilotos e chefes de equipe”, pontuou.
O ex-piloto ainda apontou um sucessor para o inglês: Laurent Mekies, atual diretor-esportivo da Ferrari. “Desde a morte de Charlie há uma crise. Laurent, que era para substituí-lo, foi pego pela Ferrari, Mais foi tirado de sua posição como todos sabem, deixando Niels Wittich e Eduardo Freitas como os melhores disponíveis”, falou.
“Mas a alternância não pode funcionar. Você precisa assegura que há mais pessoas prontas porque o diretor de prova só pode crescer em seu papel dessa maneira, não pode treiná-lo de fora”, concluiu.