A Mercedes inicialmente pensou que estaria no grid da Fórmula 1 em 2022 com um carro extremamente veloz, mas a equipe foi pega completamente de surpresa com a inconstância do W13. O diretor técnico do time, Mike Elliott, afirmou que sua equipe também levou em consideração o ‘porpoising’ que poderia ser causado pelo efeito-solo, mas não esperava que o problema fosse tão grave.
Uma das maiores frustrações da Mercedes em 2022, foi o fato de que os resultados no simulador não corresponderam à realidade na pista. Isso contribuiu para que a equipe só tivesse um carro mais competitivo na segunda metade da temporada, tendo conseguido vencer sua única corrida no ano, o GP de São Paulo, que marcou também a primeira vitória de George Russell, além de uma dobradinha com Lewis Hamilton.
Nenhuma equipe foi tão atormentada pelo ‘porpoising’ quanto a Mercedes em 2022, mas a equipe alemã sabia que o fenômeno poderia ocorrer com a nova geração de carros de F1. No entanto, a extensão em que isso aconteceu foi uma surpresa. “Sabíamos que os carros com efeito-solo tinham isso no passado e também conversamos sobre isso durante a fase de projeto”, afirmou Elliott à Auto, Motor und Sport.
Ele continuou: “Não esperávamos que não houvesse nenhum problema, mas nenhuma das simulações sugeriu a gravidade desse problema. Acho que todo mundo passou por essa experiência”. Segundo Elliott, é muito difícil simular o problema no túnel de vento e, além disso, seria muito caro criar um modelo matemático para ele na simulação CFD.
“Portanto, não usamos os meios permitidos pelos regulamentos em CFD para simular o ‘porpoising’, então foi uma surpresa a sua intensidade”, concluiu.