O chefe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que a proibição da FIA sobre declarações políticas, será relaxada depois que o órgão regulador conversar com os pilotos da Fórmula 1.
A FIA foi criticada no mês passado, quando anunciou uma proibição geral de todas as declarações políticas e religiosas, com os pilotos precisando agora da permissão do órgão regulador antes de exibir qualquer mensagem.
Isso foi recebido com críticas generalizadas, com muitos argumentando que isso afeta o direito dos pilotos à liberdade de expressão, e teria surgido como resultado das corridas da F1, em locais onde questões como racismo, igualdade de gênero e LGTBQ + são tópicos controversos.
O momento do anúncio também pareceu ‘interessante’, pois ocorreu logo após uma das figuras mais influentes da categoria, Sebastian Vettel, se aposentar.
Também houve questionamento, se haveria proibições em relação ao fato de Pierre Gasly fazer uma oração antes de cada corrida, ou Sergio Perez ter uma foto do Papa em seu carro.
Como chefe da Mercedes, Wolff é o chefe de um dos pilotos mais diretos e sinceros do grid, com Lewis Hamilton frequentemente usando sua plataforma para promover causas nas quais acredita.
Hamilton já entrou em conflito com a FIA, sobre as regras de proibição de uso de joias pelos pilotos durante as corridas.
Wolff acredita que a FIA pode encontrar um meio termo com a nova política e apoiou o presidente da organização, Mohammed Ben Sulayem, para ‘alcançar as coisas certas’.
“Precisamos ver como isso realmente se desenrola”, disse o austríaco ao The Sun. “Entendemos que o esporte não está aqui para se misturar com a política, mas sim para promover a união.”
“Não tenho dúvidas de que Mohammed e a FIA têm boas intenções, e querem alcançar as coisas certas. Trata-se apenas de alinhar com os pilotos que foram mais francos no passado”, disse ele.
“Quando Lewis conversou com Mohammed no passado, sempre terminou em uma discussão positiva, então, quando as pessoas se sentam à mesa juntas, não acho que as coisas serão tão duras quando estão apenas escritas”, acrescentou Wolff.
Se os pilotos forem considerados culpados de violar esta nova regra, eles poderão ser proibidos de participar de uma sessão ou até mesmo da própria corrida, uma situação que Wolff gostaria de evitar.