Político do Reino Unido critica Sunak: é errado ajudar o ‘regime corrupto de Zelensky’


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O líder do partido Heritage, David Kurten, criticou o primeiro-ministro Rishi Sunak por sua decisão de enviar tanques para a Ucrânia, dizendo que o Reino Unido deveria antes estar trabalhando para reduzir a crise na Ucrânia.
“Sunak errou ao enviar tanques britânicos para a Ucrânia. O governo do Reino Unido deveria antes tentar desescalar o conflito na Ucrânia, não prolongá-lo apoiando o regime corrupto e infestado de nazistas de Zelensky”, escreveu Kurten no Twitter na noite de sábado (14).
David Kurten, que é social conservador e comentarista político, anteriormente afiliado ao partido Independence (ou independência, em português) do Reino Unido, concorreu ao cargo de prefeito de Londres em 2021 e, em eleições suplementares, para uma cadeira na Câmara dos Comuns, em 2015, 2017, 2018, 2019 e 2021.
Kurten emergiu como crítico da narrativa dominante sobre a crise na Ucrânia no ano passado. Em setembro, ele apareceu no programa de bate-papo de Piers Morgan, dizendo a Morgan que “o Ocidente tem cutucado o urso [russo] há basicamente oito anos” e que “o Exército e as forças ucranianas, apoiados pelo Batalhão Azov, há oito anos têm bombardeado, mutilado, matado russos étnicos no Donbass“.
Acusado por Morgan de “espalhar propaganda russa” e mal conseguir dizer uma palavra, Kurten enfatizou que “simplesmente tem uma opinião oposta” à dominante e acha que o Reino Unido “deveria tentar acabar com o conflito pacificamente” em vez de entregar ajuda mais letal às forças “que usam símbolos e bandeiras nazistas em suas camisas” ou discutir uma “mudança de regime” na Rússia, que ele caracterizou como “conversa muito perigosa”.
Soldado do regimento britânico Scots Dragoon Guards ao lado de um tanque Challenger 2 em Basra, no sul do Iraque - Sputnik Brasil, 1920, 14.01.2023

Que armas a Grã-Bretanha está enviando?

O Challenger 2 é um tanque projetado no final da Guerra Fria, produzido pela BAE Systems, cuja fabricação começou na década de 1990 e terminou no início dos anos 2000. Os gigantes de 64 toneladas são equipados com blindagem composta, um canhão principal de 120 mm e metralhadoras de 7,62 mm. O único país que opera o tanque além da Grã-Bretanha é Omã, que comprou 38 dos mais de 445 tanques produzidos. O Challenger 2 foi implantado em operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Bósnia e no Kosovo, e na guerra de agressão liderada pelos EUA e Reino Unido no Iraque, onde um tanque foi destruído em um incidente de fogo amigo e dois foram danificados por combatentes iraquianos.
A mídia do Reino Unido diz que “muitos” dos estimados 227 Challenger 2 existentes no inventário do Exército Britânico não estão em condições de ser implantados. Em 2021, foi relatado que os militares podem descartar 77 de seus Challenger 2 e efetuar uma atualização de £ 1,2 bilhão (cerca de R$ 7,4 bilhões) do resto da frota, para transformar a “relíquia da Guerra do Golfo” em “algo que possa lutar em uma próxima guerra”. Mas a escalada da crise no Donbass em um conflito total entre a Rússia e a OTAN na Ucrânia deu ao Reino Unido e seus aliados a oportunidade de entregar seu equipamento militar envelhecido para Kiev em forma de “ajuda”.
Helicóptero de ataque Apache da Força Aérea Real do Reino Unido - Sputnik Brasil, 1920, 15.01.2023

Juntamente com os principais tanques de batalha, o mais recente pacote de ajuda do Reino Unido inclui canhões autopropulsados AS-90. Como o Challenger 2, o AS-90 é um projeto do final da Guerra Fria que foi lançado pela primeira vez na década de 1990 e está armado com um canhão de 155 mm. Os obuseiros têm um alcance de tiro entre 25 e 30 quilômetros e um alcance operacional na estrada de 420 quilômetros. Estes sistemas de armas foram usados na invasão do Iraque. Um total de 179 AS-90 foram construídos entre 1992 e 1995 pela Vickers. O Ministério da Defesa anunciou no início do ano passado que planejava retirar os AS-90 de serviço até 2030.
O Apache é um helicóptero de ataque fabricado pela Boeing. Introduzido no serviço militar dos EUA em meados da década de 1980, o helicóptero foi exportado para mais de uma dúzia de países, incluindo Egito, Israel e Países Baixos. Pode ser armado com uma série de bombas antipessoal e anticarro, e mísseis, incluindo munições cluster. Os Apache do Reino Unido originalmente incluíam oito construídos pela Boeing e 59 sob licença da AugustaWestland, uma fabricante britânica de aeronaves. Os Apache têm sido amplamente utilizados em uma série de guerras dos EUA e da OTAN ao longo de três décadas, incluindo a invasão norte-americana do Panamá em 1989, a Guerra do Golfo de 1990-1991, o bombardeio da Iugoslávia em 1999 e as invasões do Afeganistão e do Iraque. Israel usou seus Apache para lançar ataques contra soldados palestinos em Gaza e a milícia do Hezbollah no Líbano. O Reino Unido comprou 50 Apache Guardians atualizados, que espera receber até 2024. Mais de uma dúzia dos helicópteros foram entregues no início de 2022.
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