Ante à expectativa em torno de risco político, inerente ao anúncio, previsto para às 14h30, do pacote de medidas econômicas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os juros futuros registram alta, já no início da manhã dessa quinta-feira (12), a exemplo da variação do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 – que passou de 13,655%, na sessão de ontem, para 13,60%, na atual; o DI para janeiro de 2025 subiu de 12,69% para 12,75; o DI para janeiro de 2026, cresceu de 12,505% para 12,565% e o DI de janeiro de 2027, de 12,50% para 12,545%.
Mesmo após a divulgação de que o IPCA de 2022 subiu acima do previsto (5,79%), a curva de DI futuro avançou, sustentada pela devolução no câmbio e pela queda, por volta de 20 pontos-base, dos vértices longos. Com isso, o mercado espera que haja ‘um pequeno ajuste de posições’, tendo em vista a queda ocorrida nos últimos dias, o que sinaliza viés de alta.
A boa performance dos ativos nacionais reflete, também, a percepção positiva, no sentido de que o pacote econômico agrade o mercado. Informações não oficiais dão conta de que serão anunciadas quatro medidas provisórias (algumas delas relacionadas ao ICMS), dois decretos, e diversas portarias.
Também é dado como certo o fim das desonerações tributárias sobre os combustíveis – cujo prazo foi estendido pelo governo Lula, até 28 de fevereiro próximo – que devem voltar a ser tributados a partir de março deste ano. O entendimento de Haddad é de que o retorno da tributação sobre os combustíveis, além de reforçar a arrecadação, reduziria o rombo das contas públicas em 2023.
Outra questão relevante diz respeito a mudanças no que se refere a redução do PIS/Cofins incidente sobre a receita financeira de grandes empresas, aplicada pelo governo Bolsonaro, no ano passado. A estimativa de analistas é de que tais medidas impliquem impacto fiscal entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões, ao passo que o déficit orçamentário foi fixado em R$ 231,5 bilhões.
Fonte: capitalist