“Concordamos que a guerra deve terminar com a Ucrânia ganhando total integridade territorial, levando à justiça os responsáveis por crimes de guerra e a Rússia pagando reparações e compensações de guerra”, disse o ministro após uma reunião com a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, em Varsóvia.
Há alguns anos, a Polônia levantou a questão das indenizações que a Alemanha supostamente deve pagar ao país pelos danos causados durante a Segunda Guerra Mundial. Berlim disse repetidamente que não vai mais realizar pagamentos a Varsóvia. De acordo com as autoridades alemãs, Berlim já havia pago uma enorme quantidade de reparações antes de Varsóvia se recusar a receber outros pagamentos em 1953.
Na segunda-feira (3), o chanceler polonês assinou uma nota diplomática à Alemanha exigindo reparações pelos danos causados durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta terça-feira, Baerbock anunciou a imutabilidade da posição da Alemanha sobre a questão das reparações à Polônia.
Apesar da negativa alemã sobre as indenizações, Varsóvia tem sido proativa em angariar apoio entre aliados ocidentais para para instituir novas medidas antirrussas, dentre elas a utilização de ativos russos congelados no exterior para a reconstrução da Ucrânia.
A Polônia tem sido uma grande aliada para o regime de Kiev no decorrer desta crise. Mais cedo, o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, disse ao presidente polonês Andrzej Duda que Kiev conta com a ajuda de Varsóvia para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
“Contamos com a assistência proativa da Polônia para conseguir que a OTAN assuma a Ucrânia e assegure garantias de segurança internacional para nosso país”, disse Yermak em suas redes sociais nesta terça-feira.
Apesar dos apelos ucranianos, sua adesão à Aliança Atlântica é pouco provável. No último sábado (1º), o analista de política internacional e ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger considerou que incluir a Ucrânia na OTAN não seria “uma decisão sábia para ninguém”.