Protagonista da novela “Cara e Coragem” (Globo), o ator Marcelo Serrado se reuniu, na manhã desta segunda-feira (15), com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Serrado posou para fotos ao seu lado, permitindo sua divulgação nas redes sociais.
O ator -que apoiou publicamente a operação Lava Jato- conta ter se colocado à disposição da candidatura de Lula, que, segundo ele, se opõe a “um lado muito obscuro”. Sem falar no nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), Serrado diz que apoiar o governo “não condiz com a palavra artista”.
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“Não posso falar sobre os artistas que não mudaram de opinião. Mas o artista apoiar em um momento desse uma coisa que é contra nós, que é contra saúde, contra a ciência, contra os índios, contra o amor, não faz muito sentido”, afirmou o ator.
Arrematando: “Neste momento, ao meu ver, não condiz com a palavra artista. É minha opinião e eu tenho certeza que estou certo”.
Eleitor de Marina Silva (Rede) nas eleições de 2014, o ator lembrou ter participado do movimento Vira Voto, em apoio a Fernando Haddad (PT), quatro anos depois.
Sobre a Lava Jato, ele disse acreditar que a operação “começou com bom princípio”. Mas, em alguns casos, especialmente com Lula, foi “um movimento de maneira passional, uma coisa direcionada”. “Quem não enxerga isso… realmente, não posso dizer nada. É sectário, né? Aí o buraco é mais embaixo”.
Ele lamentou o momento que a classe artística enfrenta. “Vim por isso também, a gente nunca foi tão massificado como artista. Nunca foi tão execrado, nós, nossa classe. Ninguém fica rico com Lei Rouanet, não existe isso. São falácias que eles inventaram contra as pessoas que trabalham com isso, que vivem disso”.
Serrado descreve como “bacana” o encontro com o petista. “Lula está apaixonado, está feliz. Vai abraçar o Brasil inteiro. Acho que é muito importante nesse momento todo mundo se juntar”.
Ao responder se é um lavajatista arrependido, afirmou: “Eu me considero um cidadão que mudou de ideia. Se alguma pessoa com meu pensamento tenha mudado de ideia, eu fico feliz de ter sido agente nisso tudo”.