O chefe da equipe Haas, Guenther Steiner elogiou a transparência trazida à Fórmula 1 pela Liberty Media e o CEO, Stefano Domenicali.
Após 40 anos sob seu comando, Bernie Ecclestone renunciou ao controle da Fórmula 1 em 2017, quando vendeu suas ações para a Liberty Media em 2016.
Desde então, a F1 passou por grandes mudanças, incluindo a nomeação do ex-chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, como presidente do Grupo Fórmula 1, que é o grupo de empresas que cuida dos interesses comerciais da categoria.
Enquanto a FIA lida com regras e regulamentos, o Formula One Group, que inclui a Formula One Management (FOM), controla a transmissão, organização e direitos promocionais da Fórmula 1 e, portanto, trabalha em estreita colaboração com as dez equipes envolvidas.
Steiner passou por ambos os mandatos, pois a Haas entrou na F1 ainda na época de Ecclestone. O chefe da Haas elogiou os novos proprietários, e disse que sob Domenicali existe muito mais transparência.
“Eu acho que eles são diferentes. Definitivamente, são diferentes”, disse Steiner ao podcast ‘Beyond the Grid’. “Antes com Bernie, os grandes times sempre tinham um pouco de vantagem, pois colocam mais no esporte, fornecem unidades de potência e coisas assim.”
“Mas acho que agora é mais transparente com Stefano no comando, existe mais informação. Ele sempre tenta nos atualizar sobre o que está acontecendo em seu mundo, porque isso afeta o que nosso mundo será, porque ele está na vanguarda. Então acho que ele é mais transparente, estamos mais informados”, acrescentou.
Ecclestone sempre foi muito criticado, com muitos argumentando que ele estava servindo a seus próprios propósitos mais do que ao esporte, mas Steiner não quis criticar o proprietário anterior. Em vez disso, elogia o regime atual.
“Não estou criticando o que Bernie fez, eram tempos diferentes também, sempre temos que pensar nisso, os tempos eram diferentes, tudo era diferente”, disse Steiner.
“Agora, a F1 é muito mais popular. A distribuição do dinheiro é mais igualitária. Temos dez equipes, todas muito estáveis. Antigamente, nunca tínhamos dez times estáveis, sempre havia um ou dois, que estavam um pouco atrasados no pensamento, então agora é muito estável.”
“Mas isso foi alcançado na forma como a Liberty Media abordou a categoria, eles queriam que todas as dez equipes pudessem sobreviver comercialmente. Portanto, temos um bom show e ninguém está com dificuldades”, acrescentou.
Como a F1 e a FIA são entidades separadas, elas têm seus próprios interesses e, nesse aspecto, parece que a categoria está caminhando para uma possível ‘guerra’ em relação à entrada de novas equipes no grid.
A parceria da equipe Andretti com a General Motors, através da Cadillac, parece ter funcionado como uma ‘ignição’ entre a FIA e a F1, já que ambas as partes argumentam em posições contrárias em relação a entrada de novas equipe no grid da Fórmula 1.