Com desenvolvimento “congelado” dos motores na F1, Renault espera mais rigor da FIA


O chefe de motores da Renault espera que a FIA seja mais rigorosa em relação às atualizações no futuro após “70 pedidos” de diferentes fabricantes em 2022.

Atualmente, o desenvolvimento do motor está congelado, já que o esporte se prepara para mudanças na regulamentação em relação às unidades de potência (UP) antes da temporada de 2026.

A Renault, liderada por Bruno Famin, é uma dos quatro fornecedores atuais de UP para o grid da F1, ao lado de Mercedes, Ferrari e Red Bull/ Honda. Famil disse que foi um ano agitado para os fornecedores enquanto trabalhavam para resolver problemas de confiabilidade.

No entanto, Famin elogiou a transparência da FIA ao longo do ano, e afirmou que todos os fornecedores estavam cientes dos pedidos uns dos outros.

“Acho que o processo em 2022 com a FIA e os outros fabricantes foi muito bom. Pelo menos foi transparente, então todos sabiam dos pedidos uns dos outros, e isso é muito bom”, disse ele, de acordo com o ‘Motorsport-Total.com’.

“Em 2022 foi bastante tolerante. Acho que foi normal porque todos foram afetados por problemas de confiabilidade. Acho que tivemos 30, 40, 50, 60, 70 solicitações de diferentes fabricantes, então todo mundo foi afetado por esse tipo de problema.”

Famin, que já trabalhou na FIA, espera, no entanto, que o órgão regulador da F1 seja mais rígido com o passar das temporadas.

“Espero que a FIA seja um pouco mais rígida no futuro, mas não tenho nenhuma informação”, disse Famin.

“O que é um problema de confiabilidade puro? Essa é uma pergunta que não podemos responder porque o problema de confiabilidade muitas vezes esconde um potencial ganho de desempenho.

“Se você tem um problema com a bomba de água, como tivemos em 2022, é claramente um problema de confiabilidade pura: não adianta usar uma bomba de água diferente.

“Mas se você tiver que trocar o material dos anéis do pistão para ter algo mais forte, para ter mais potência, onde está o limite? Não é óbvio.

A F1 planeja uma grande mudança em relação às unidades de potência antes da temporada de 2026 com os novos regulamentos, que eliminam o caro (e problemático) componente MGU-H, atraindo outros fabricantes para o esporte.

A Audi já confirmou que será uma das novas fornecedoras, enquanto a Red Bull Powertrains pretende ser totalmente independente a partir de 2026.
A parceria Andretti Cadillac confirmou que eles assinaram um contrato com um fornecedor existente, mas, devido ao tamanho da operação da Cadillac, também pode-se esperar que eles produzam suas próprias unidades de potência no futuro.

 

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