Ser micro, pequena ou média empresa (MPME) no Brasil não tá fácil: apesar de serem uma das principais bases de sustentação da economia brasileira, responsáveis por 99% dos estabelecimentos no país e 57% dos empregos formais, o prestígio é baixo na hora de conseguir crédito para ampliar os negócios.
O custo do crédito para as MPMEs
Há vários fatores que explicam esse quadro adverso quando o assunto é acesso ao crédito, como as dificuldades para oferecer garantias e o elevado nível da taxa de juros.
Taxa de juros para as MPMEs
Uma vilã que dificulta o acesso ao crédito é o aumento da Selic, fixada em 13,75% ao ano desde agosto de 2022 e mantida essa semana pelo Banco Central. Isso porque a Selic baliza as taxas de juros do crédito concedido no mercado a essas empresas. Assim, ao acompanhar a alta da Selic, a taxa de juros média cobrada das MPMEs subiu de 24,9% ao ano, no 1º trimestre de 2021, para 35,3% ao ano, no terceiro trimestre de 2022.
Vale lembrar que esse número é bem maior se compararmos com a taxa de juros média cobrada das empresas de todos os portes, que foi de 20,2% ao ano.
Como melhorar o acesso ao crédito pelas MPMEs?
A indústria aponta alterativas para mudar esse jogo. Uma delas é a continuidade e o fortalecimento de programas do governo de garantia de empréstimo, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE) e o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC).
O que também vai facilitar – e muito – a vida do empresário é a aprovação do Novo Marco de Garantias, o PL 4.188/2021, que moderniza e facilita o acesso ao crédito às empresas. Mas esse é um assunto que ainda está em discussão no Congresso Nacional.
Economia em 60 segundos
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Fonte: portaldaindustria
