5 estados do Brasil não têm nenhum km de rodovia classificado como ótimo


Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) indica que 67,5% das rodovias brasileiras não estão em boas condições de uso. Quando a classificação é por estado, um dado bem preocupante chama atenção: Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Sergipe não tem nenhum quilômetro de suas malhas rodoviárias classificado como ótimo.

A pesquisa analisou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas durante todo o ano de 2023 no Brasil, sendo 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais. De toda a extensão classificada, 41,4% é regular, 20,3% é ruim e 5,8% é péssimo. Apenas 7,9% estão como ótimo e 24,6% como bom.

Na classificação por estado, o mais preocupante é o Amazonas. Além de não ter nenhum quilômetro classificado como ótimo, o estado da Região Norte também é o único do país que não tem nenhum trecho definido como bom. Ao todo, 1.031 km foram analisados.

A segunda situação mais preocupante é a do Acre, que tem apenas 10 km classificados como bons. E, assim como acontece com o Amazonas, a maior parte das rodovias do estado estão no nível de péssimo. Ao todo, 1.346 km foram analisados.

Mais um estado da Região Norte do Brasil, o Amapá tem apenas 30 km da sua malha classificado como bom. Porém, ao contrário dos dois anteriores, a predominância por lá é do nível regular e não do péssimo. No total, a CNT analisou 546 km.

Mais um estado do Norte escancarando que a região é a mais precária do Brasil na situação das rodovias. Entretanto, o cenário não é tão alarmante quanto a dos já mencionados, já que dos 1.898 km analisados, 1.050 km são classificados como regular.

Único estado da região Nordeste, o Sergipe não tem nenhuma rodovia em ótimo estado, mas a maior parte dos 654 km analisados são classificados como bons.

Os percentuais totais mencionados no início da matéria (67,5%) demonstram uma relativa alta no que a CNT classifica como Estado Geral, por se tratar de todo o território nacional. Em comparação com os resultados de 2022, 66% eram classificadas como regular, ruim ou péssimo, e 34% como ótimo ou bom.

A classificação do Estado Geral compreende três principais características da malha rodoviária: pavimento, sinalização e a geometria da via. Levam-se em conta variáveis como condições das placas, acostamento, curvas e pontes.

Em 2023, a avaliação regular, ruim e péssimo dessas características são: 56,8% (pavimento), 63,4% (sinalização) e 66% (geometria da via). Percentuais que também ficaram próximos aos dos registrados no ano retrasado: 55,5%, 60,7%, 63,9%, respectivamente.

“A realidade que o estudo expõe reforça o que a CNT vem defendendo há anos: a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes e que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias”, disse a CNT, em nota.

Os principais pontos críticos registrados nas rodovias brasileiras, segundo a CNT, incluem quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas.

O estudo mostra que as rodovias públicas, que representam 76,6% da extensão pesquisada em 2023, apresentam percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%). Já entre as rodovias concessionadas, que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023, ao todo 64,1% da malha são classificadas como boa e ótima.

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Fonte: direitonews

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