No mundo das motos há uma espécie de acordo de cavalheiros entre as fabricantes de limitar a velocidade máxima de seus modelos em 299 km/h. Só que este pacto não vem sendo muito respeitado ao longo dos anos. Em 2007, a MV Agusta quebrou o “tratado” com a F4 R 312, que chegava aos 311 km/h. Daí em diante veio uma enxurrada de motocicletas que passavam dos 300 km/h, como a BMW S1000RR e a Ducati Panigale R.
Autoesporte então reuniu em uma lista 9 motos que superam (e muito) essa barreira. Tem modelo que chega a mais de 400 km/. E acredite: a maioria delas é homologada para andar nas ruas. Confira a lista!
Eu sei, você imaginava que a Kawasaki Ninja H2R estaria no primeiro deste podium. Mas a moto com maior velocidade máxima do mundo é a MTT 420-RR. E haja superlativos. A esportiva fabricada pela Marine Turbine Technologies tem produção limitada a cinco unidades por ano, e cada exemplar custa US$ 250 mil, ou R$ 1,2 milhão, em conversão direta. Gasolina ou eletricidade? Nada disso. Para chegar aos 439 km/h, a MTT usa motor de turbina a gás Rolls-Royce Allison, modelo 250-C18, com 420 cv! Sua antecessora, a Y2K SuperBike ,fica de fora da lista por se tratar de uma atualização.
Para chegar aos 400 km/h, primeiro você precisa de muita coragem, e depois, de um equipamento como a Kawasaki Ninja H2R, que conta com motor turbo de 998 cc com 326 cv. A variante Ninja H2, mais civilizada e homologada para as ruas, não entra nesta lista por se tratar de modelo que deriva do mesmo projeto. Como curiosidade, a H2 carrega um motor “amansado” de 228 cv que pode levá-la aos 337 km/h de final. O preço sugerido da H2R é de R$ 288 mil.
Se você pensa nos entregadores de pizza quando o assunto é moto elétrica, esqueça. A Lightning LS-218 chegou em 2014 para quebrar o paradigma de que motos elétricas precisam ser melancólicas. Com design moderno, a esportiva conta com motor elétrico de 150 kW (200 cv) e marcha única, capaz de levá-la aos 351 km/h. Seu preço parte de US$ 39 mil, ou R$ 193 mil.
A Ducati 1199 Panigale R foi produzida entre 2013 e 2016, e naquela época seu design conquistou nota dez em algumas premiações do setor. A Panigale R traz motor bicilíndrico de 1198 cc com 202 cv. Seu ronco grave e inconfundível serve como trilha para pilotos corajosos que aceleram até a máxima de 325 km/h. No Brasil, o preço médio de um exemplar ano 2016 custa algo em torno de R$ 126 mil.
Outra elétrica com pinta de moto de corrida é a Damon Hypersport Premier, oferecida no site da marca canadense por US$ 28 mil (canadenses), ou R$ 102 mil (sem impostos). Com autonomia de 320 km, a Hypersport abriga um propulsor elétrico de 200 cv que a leva aos 321 km/h de velocidade máxima. A segurança fica por conta do sistema CoPilot, inteligência artificial preditiva que usa radares para identificar perigos potenciais e avisa o piloto por feedback tátil do guidão, LEDs de alerta no para-brisa e câmeras frontal e traseira. Nada mal.
Até hoje, a MV Agusta F4CC é considerada uma das motos mais rápidas do mundo, e olha que estamos falando de um modelo lançado em 2006. O nome de batismo, F4CC, é uma auto-homenagem de Claudio Castiglioni, diretor administrativo da montadora. A bela italiana tem motor de 1.078 cc com 202 cv, que a faz acelerar até a velocidade limitada de 314 km/h. A versão MV Agusta F4 R 312, que chega aos 312 km/h, não aparece por se tratar de variante concebida a partir do mesmo quadro F4, apesar de suas atualizações.
A Aprilia RSV4 1100 Factory poderia estar duas posições acima desta lista, uma vez que as versões anteriores atingiam os 320 km/h. Mas isso foi até a chegada do Euro 5, em 2019, que trouxe novas regras de emissões para os fabricantes. A nova RSV4 Factory custa a partir de US$ 25.999, ou R$ 130mil, e traz motor de 1.099 cc com 217 cv que a projeta à velocidade final de 304 km/h.
A BMW S1000RR é referência do segmento. Com peso de apenas 175 kg a seco, a esportiva é ágil e muito rápida. A alemã é recheada de tecnologia e conta com motor de 999 cc que produz 205 cv a 13.750 rpm. A velocidade final é de 302 km/h.
A última esportiva desta lista é a corpulenta GSX1300 R Hayabusa, a resposta da Suzuki contra duas de suas principais rivais conterrâneas que disputavam o título de moto mais rápida nos anos 1990 – a Honda CBR1100XX Super BlackBird e a Kawasaki ZZR1100. Com peso de 264 kg a seco, a japonesa emoldura um motor de 1340 cc com 188 cv, o suficiente para arremessá-la aos 299 km/h de máxima. No Brasil, a Hayabusa é vendida por R$ 124.500.
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Fonte: direitonews