4 estratégias usadas para tentar burlar o bafômetro na Lei Seca (mas que não funcionam)


Desde que a Lei Seca foi aprovada em junho de 2008, o trânsito está mais seguro no Brasil. Um estudo publicado pelo Ministério da Saúde em 2018, quando a Lei n° 11.705 completou dez anos, revelou que mais de 40 mil vidas foram salvas neste período.

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O valor da multa por dirigir sob efeito de álcool é de R$ 2.934,70, uma vez que é aplicado o fator multiplicador de dez sobre o valor de uma infração gravíssima. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do infrator ficará suspensa por 12 meses.

Se o condutor soprar o bafômetro e o dispositivo atestar quantidade igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar, será enquadrado em flagrante por crime de trânsito. Neste caso, além da multa e da suspensão do direito de dirigir, o motorista poderá ser preso. A reclusão varia entre seis meses e três anos.

Métodos para burlar o bafômetro são discutidos a todo momento na internet. Afinal, é possível enganar o dispositivo após uma noite de bebedeira?

Autoesporte consultou o Detran-SP, que diz ser impossível burlar a fiscalização. Mesmo que fosse possível, nossa recomendação seria a mesma: SE BEBER, NÃO DIRIJA – em qualquer circunstância!

Os bafômetros utilizados pela polícia seguem regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), são homologados pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) e passam por verificações periódicas do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia). Para saber mais sobre cada um dos órgãos, clique aqui.

O aparelho atende a critérios técnicos e tem certificações especiais para garantir que motoristas não dirijam embriagados.

Mesmo assim, alguns mitos sobre a fiscalização ainda são populares na internet. Autoesporte enumera situações que são amplamente divulgadas para burlar o bafômetro, mas que não funcionam.

O assunto voltou à tona quando um influenciador fez uma experiência utilizando um bafômetro caseiro no TikTok. Segundo o vídeo, é possível reduzir a emissão de álcool ao soprar o bafômetro após comer algumas colheradas de creme de avelã. De acordo com o Detran, trata-se de mais uma lenda urbana.

O chocolate não reduz a emissão de álcool no teste do bafômetro, tampouco serve para burlar o aparelho dos policiais.

Outra estratégia popular para tentar burlar o bafômetro é o uso de antissépticos bucais, como Listerine e Colgate Plax. Estes produtos costumam ter uma pequena quantidade de álcool que pode ser acusada ao soprar o dispositivo.

Motoristas que beberam e foram parados pela Lei Seca costumam dizer que o teste positivo se deu por conta do antisséptico, e não pela ingestão de bebidas alcoólicas. A prática não funciona, garante o Detran.

Se o motorista de fato não ingeriu bebidas alcoólicas, mas fez sua higiene bucal com o antisséptico, o Detran-SP recomenda que este fato seja informado à autoridade de trânsito no momento da abordagem. Dessa forma, o condutor pode pedir para fazer um novo exame depois de alguns minutos, caso o primeiro dê positivo.

O boato de que vinagre pode evitar a detecção de álcool era mais divulgado antigamente, mas continua aparecendo entre os assuntos mais buscados no Google. Essa fake news é atribuída a uma mensagem compartilhada no Facebook, em que um suposto engenheiro químico sugere que a cetona do tempero pode neutralizar as partículas de álcool.

O bafômetro detecta álcool no sangue, e isso não pode ser neutralizado. A experiência chegou a ser feita na prática por especialistas da Polícia Militar, que comprovaram a eficácia do aparelho.

O Metadoxil é um medicamento composto por vitamina B6 utilizado no tratamento de alcoolismo e de alterações hepáticas. As pílulas de fato aceleram a metabolização do álcool no fígado, mas segundo o Detran, não há qualquer interferência na concentração medida no bafômetro.

Um levantamento do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) divulgou que 10.887 pessoas perderam a vida no Brasil em acidentes envolvendo motoristas embriagados apenas em 2021. O relatório também aponta que 5,4% dos brasileiros dirigem depois de beber.

Se beber, não dirija!

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Fonte: direitonews

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