30 anos do real: quanto custavam os carros e quais seriam os preços atuais


Há 30 anos, em 1º de julho de 1994, o real passava a ser a moeda oficial no Brasil e deixava o cruzeiro para trás. Essa foi uma das medidas adotadas no Plano Real, que tinha como objetivo acabar com a hiperinflação do país.

Três décadas depois, a inflação acumulada é de nada menos do que 708%, de acordo com a calculadora do Banco Central (BC). Na prática, isso significa que R$ 1 de hoje equivaleria a R$ 0,12 há 30 anos. Ou então que R$ 1 na época equivale a atuais R$ 8,08. Mas e os carros? Quanto será que os modelos vendidos em 1994 custavam e qual seria o preço deles atualmente segundo o Índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M)?

Recorremos ao acervo do Museu da Imprensa Automotiva (Miau) para encontrar a edição de agosto de 1994 da Autoesporte e conferir o valor de alguns dos automóveis vendidos na época e mostra agora qual seria o preço dos carros com a inflação. Veja abaixo:

O Ford Escort era vendido em nada menos do que 11 versões em 1994 e com motores 1.6, 1.8 e 2.0, sem considerar o Hobby 1000, que não era chamado pela Ford de Escort. Desta forma, os preços começavam em R$ 11.012 e chegavam a custar R$ 36.683. Com a correção, é o mesmo que R$ 135.704 e R$ 452.055. A título de comparação, um Hyundai Creta parte deste valor hoje.

Já o famoso Fiat Uno, um dos carros mais vendidos do Brasil, era oferecido em oito configurações diferentes, e com duas ou quatro portas. O valor da versão de entrada, na época, Mille, com motor 1.0, era de R$ 7.254. Ou seja, R$ 85.683 atualmente.

Já a topo de linha, com propulsor 1.4 turbo, chegava nos R$ 22.492, ou R$ 277.175. É quase o mesmo preço de um Audi A3 de entrada.

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O Chevrolet Corsa, outro carro popular, partia de R$ 7.350 em sua configuração Wind, com motor 1.0, e chegava a custar R$ 11.950 na versão GLI, com motor 1.4. Com a inflação, os preços são de R$ 90.576 e R$ 147.263. Hoje, o valor do automóvel mais barato do Brasil, o Fiat Mobi, é de R$ 72.990.

E vale lembrar que, na época, carros não eram obrigados a saírem de fábrica com itens como airbags, freios ABS e controles de tração e estabilidade. Nem mesmo ar-condicionado, vidros elétricos e direção assistida eram itens comuns em modelos de entrada.

O Chevrolet Monza é outro clássico do mercado brasileiro. Em 1994, o modelo era vendido em seis versões diferentes e com opções de motores 1.8 e 2.0. Havia também carrocerias com duas ou quatro portas. Os preços partiam de R$ 16.702 e chegavam a R$ 19.900. Hoje, com a inflação, o Monza não sairia por menos do que R$ 205.823, mais do que o Toyota Corolla topo de linha.

Por fim, o Volkswagen Gol, o carro mais vendido da história do Brasil, era oferecido em sete versões. A de entrada era o famoso Gol 1000 e custava R$ 7.243, o mesmo que R$ 89.258 com a correção. Já a topo de linha era a GTI, com motor 2.0, que não saia por menos de R$ 23.117, ou R$ 284.877.

Nessas mesmas faixas, atualmente, é possível comprar um hatch compacto 1.0 mais completo, como o Citroën C3 Feel (R$ 86.390) ou um sedã elétrico de mais de 500 cv, como o BYD Seal (R$ 296.800).

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Fonte: direitonews

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